O setor turístico versus a exploração sexual na - Ministério do Turismo

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O setor turístico versus a exploração sexual na infância e adolescência
dinâmica que hoje se espalha por toda a cidade traz conseqüências tenebrosas
no modo de vida cotidiana, o que exclui ainda mais crianças e adolescentes
em estado de risco.
O comércio sexual que promove a exploração de crianças e adolescentes,
em sua maioria do sexo feminino, redefine o ambiente citadino e informa
outros meios de sobrevivência para essa população carente de investimentos
governamentais, relegada à lógica doentia do prazer ilegal. Vindas da periferia
da cidade e mesmo de outras cidades pelo tráfico de pessoas, essas meninas
aglomeram-se em pontos onde o turismo acontece mais intensamente ou em
vielas próximas aos pontos mais procurados, umas de forma mais escondida
que outras, contando com a conivência de muitos agentes sociais, alguns até
que deveriam combater, como é o caso de alguns policiais, cooptados por essa
rede em esquemas de corrupção, bem como donos de hotéis e taxistas.
A necessidade de sobrevivência impele muita dessas meninas para as
ruas, muitas inclusive sendo estimuladas por suas famílias, desprovidas de
qualquer forma de sustentabilidade, como única forma de conseguir alimentos
e satisfação de algumas necessidades básicas/fundamentais e também artefatos
valorizados pela sociedade do consumo como roupas de marcas famosas
e acessórios da moda. Em muitos casos a situação tem início com abusos
praticados por parentes ou pessoas próximas das famílias dessas crianças,
desses adolescentes, o que contribui para o ingresso deles no submundo da
exploração. Uma realidade que fere e compromete a saúde social do estado e,
conseqüentemente, do país.
De maneira geral essas pessoas não são consideradas vítimas desse esquema
doentio de sexo por dinheiro, mas sim agentes ativos, responsáveis pela
situação de penúria e desgraça em que se encontram. Historicamente o cuidado
com a infância sempre foi mínimo por parte de toda a sociedade. Um erro
fatal que propicia o descaso e agrava a irresponsabilidade com que a sociedade
trata essa questão, a prova clara da falência múltipla de um modelo decadente
de adequação e inserção sociais.
Mesmo sendo fenômeno mundial, os casos de exploração sexual na infância
e juventude encontram abrigo mais eficiente em países como o Brasil e
em cidades onde a pobreza e a desigualdade sociocultural são mais incisivas
no dia-a-dia de seu povo. Mesmo com casos notificados entre meninas e meninos
de classe média, é o público pobre o mais vulnerável nessa questão. Além