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O setor turístico versus a exploração sexual na - Ministério do Turismo

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O <strong>setor</strong> <strong>turístico</strong> <strong>versus</strong> a <strong>exploração</strong> <strong>sexual</strong> <strong>na</strong> infância e a<strong>do</strong>lescência<br />

realizadas <strong>na</strong> Tailândia, Camboja e In<strong>do</strong>nésia e informações referentes ao desenvolvimento<br />

<strong>do</strong> turismo <strong>sexual</strong> nesses locais, constan<strong>do</strong> suas repercussões<br />

sociais nesses destinos <strong>turístico</strong>s. A pesquisa citada evidencia que o turismo<br />

<strong>sexual</strong> é parte de uma atividade econômica lucrativa, cada vez mais articulada<br />

em nível global, e revela também algumas relações existentes entre o turismo<br />

<strong>sexual</strong> e outras atividades ilícitas, que ocorrem concomitantemente nos destinos<br />

a<strong>na</strong>lisa<strong>do</strong>s, a saber:<br />

¥ tráfico de drogas, armas e roubos;<br />

¥ produção e distribuição de pornografia;<br />

¥ <strong>exploração</strong> <strong>sexual</strong> infantil;<br />

¥ tráfico de mulheres;<br />

¥ propagação de DST/Aids;<br />

¥ crime organiza<strong>do</strong>;<br />

¥ corrupção de autoridades.<br />

De acor<strong>do</strong> com a análise realizada, parece que o comércio <strong>sexual</strong>, e o turismo<br />

<strong>sexual</strong> em particular, estariam inseri<strong>do</strong>s em um contexto mais amplo e comple-<br />

xo que a mera relação car<strong>na</strong>l entre quem procura este serviço e quem oferece. O<br />

negócio <strong>do</strong> turismo <strong>sexual</strong> em seus destinos mais desenvolvi<strong>do</strong>s neste âmbito,<br />

conta com a participação direta e indireta de taxistas, funcionários de hotéis, ba-<br />

res e restaurantes, empresários locais e inclui organizações <strong>do</strong> crime organiza<strong>do</strong><br />

vinculadas a atividades de tráfico de mulheres e crianças.<br />

(Scarpati, 2004:5)<br />

Para a ocorrência <strong>do</strong> turismo <strong>sexual</strong>, incidem apoios diretos ou indiretos<br />

de diversas redes, poden<strong>do</strong>-se citar a própria rede de funcio<strong>na</strong>mento <strong>do</strong> sistema<br />

<strong>turístico</strong> (caben<strong>do</strong> destacar que não são todas as organizações <strong>do</strong> sistema<br />

<strong>turístico</strong> que se inserem nesse contexto), formada por hotéis, restaurantes, bares,<br />

taxistas, agências de viagem etc., que permitem ou até mesmo incentivam<br />

o turismo <strong>sexual</strong>, onde os agentes envolvi<strong>do</strong>s estabelecem relações de troca e<br />

obtêm benefícios por meio <strong>do</strong> turismo <strong>sexual</strong>. Essa informação é salientada<br />

por Lira (2007), que lembra que “a rede que faz parte <strong>do</strong> turismo [da atividade<br />

como um to<strong>do</strong>], [muitas vezes] é a mesma que compõe a rede de <strong>exploração</strong>”<br />

<strong>sexual</strong> no turismo.

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