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O setor turístico versus a exploração sexual na - Ministério do Turismo

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86<br />

O <strong>setor</strong> <strong>turístico</strong> <strong>versus</strong> a <strong>exploração</strong> <strong>sexual</strong> <strong>na</strong> infância e a<strong>do</strong>lescência<br />

Figura 11<br />

Tipo de envolvimento que levou à apreensão das crianças e a<strong>do</strong>lescentes<br />

no esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Rio de Janeiro (2005 e 2006 — valores absolutos)<br />

1.200<br />

1.000<br />

800<br />

600<br />

400<br />

200<br />

0<br />

1.002<br />

Fonte: ISP-RJ (2006).<br />

809<br />

771 693<br />

482<br />

391 425 350<br />

Tráfico Roubo Furto Porte de<br />

arma de<br />

fogo<br />

100 74<br />

Porte de<br />

drogas<br />

2005 2006<br />

89 110<br />

Receptação<br />

62 95 61 53<br />

Lesões<br />

corporais<br />

Crimes<br />

contra a<br />

vida<br />

394 388<br />

Outros<br />

O tráfico de drogas 11 e o roubo são os delitos com maior número de<br />

registros, corresponden<strong>do</strong> o tráfico a 1.002 apreensões e o roubo a 771 no<br />

ano de 2005, enquanto no ano de 2006 representaram, respectivamente, 809<br />

e 693 apreensões. Cabe salientar que a categoria outros refere-se à violação de<br />

<strong>do</strong>micílio, dano, ameaça, dano ao patrimônio público, atenta<strong>do</strong> violento ao<br />

pu<strong>do</strong>r, estupro etc. Destaca-se, todavia, que os crimes contra a vida — homicídios<br />

principalmente — representam os menores números de infrações com<br />

as quais os a<strong>do</strong>lescentes apreendi<strong>do</strong>s estão envolvi<strong>do</strong>s.<br />

11 “Nos cinco primeiros anos deste século (2001-05), cinco mil jovens com menos de 18 anos foram deti<strong>do</strong>s<br />

por tráfico de drogas <strong>na</strong> cidade <strong>do</strong> Rio de Janeiro. Para o juiz da 2 a Vara da Infância e da Juventude, Guaracy<br />

Vian<strong>na</strong>, o da<strong>do</strong> mostra que é necessário tomar providências, impedir que esses garotos cheguem ao tráfico<br />

e resgatar os que já estão. ‘O quadro já tende a se tor<strong>na</strong>r de difícil solução em longo prazo’, alerta. Guaracy<br />

aponta como solução para o problema o investimento em educação e <strong>na</strong> inclusão <strong>do</strong>s jovens em programas<br />

de primeiro emprego. É o mesmo pensamento <strong>do</strong> secretário especial de Direitos Humanos da Presidência<br />

da República, Paulo Vannuchi, que fala em ‘disputar com o tráfico menino a menino’. ‘Se eles falam que<br />

recebem R$ 350 por mês, não temos um valor tão astronômico assim. Temos o programa Pró-Jovem, que<br />

hoje já atende 400 mil jovens com bolsas para ficarem o dia inteiro estudan<strong>do</strong>. Queremos aumentar este<br />

valor para um universo de 2 milhões de jovens, com a ajuda de to<strong>do</strong>s os níveis de governo e da sociedade’,<br />

diz. Hele<strong>na</strong> Oliveira Silva, oficial de projetos <strong>do</strong> Unicef no Brasil, lembra que os programas têm que ser<br />

direcio<strong>na</strong><strong>do</strong>s para captar o jovem antes dele entrar no tráfico, com idade abaixo <strong>do</strong>s 14 anos. ‘Os projetos<br />

têm que evitar a entrada no tráfico, investin<strong>do</strong> <strong>na</strong> família. Depois <strong>do</strong>s 14 anos, o jovem mora<strong>do</strong>r de favela já<br />

está numa faixa crítica com risco de mortalidade muito grande’, defende” (Amora e Cândida, 2006).

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