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O setor turístico versus a exploração sexual na - Ministério do Turismo

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O <strong>setor</strong> <strong>turístico</strong> <strong>versus</strong> a <strong>exploração</strong> <strong>sexual</strong> <strong>na</strong> infância e a<strong>do</strong>lescência<br />

ações sociais não só por motivos de obrigação social, mas como estratégia de<br />

sobrevivência no merca<strong>do</strong>. Nesse senti<strong>do</strong>, “a aproximação de algumas empresas<br />

junto a suas comunidades si<strong>na</strong>liza ou evidencia uma sugestão de <strong>na</strong>tureza<br />

estratégica, ainda que não necessariamente seja a única razão para a a<strong>do</strong>ção de<br />

um programa de atuação comunitária” (Liberman, 2004:26).<br />

Os autores Macha<strong>do</strong> e Lage (2002) e Peliano (2001) apresentam três enfoques<br />

distintos de atuação <strong>do</strong> <strong>setor</strong> empresarial <strong>na</strong> implementação de ações sociais<br />

junto à comunidade beneficiária: clientelista, emancipatório e transforma<strong>do</strong>r.<br />

O enfoque clientelista preconiza que a empresa realiza ação social de<br />

forma esporádica, sem um planejamento sistematiza<strong>do</strong> e sem monitoramento<br />

das atividades desenvolvidas <strong>na</strong> comunidade. Isto é, não se preocupa em implantar<br />

um projeto sustentável para que a comunidade possa se tor<strong>na</strong>r independente.<br />

Muito pelo contrário, a comunidade fica dependente <strong>do</strong>s recursos<br />

da empresa para a manutenção das atividades.<br />

No enfoque emancipatório, a empresa investe <strong>na</strong> emancipação e autonomia<br />

da comunidade, ou seja, há uma preocupação em ver as causas e a<br />

superação <strong>do</strong>s problemas vivencia<strong>do</strong>s pelos comunitários. As <strong>do</strong>ações não são<br />

esporádicas e já existe um processo de monitoramento das atividades realizadas<br />

pela comunidade.<br />

Quanto ao enfoque transforma<strong>do</strong>r, os projetos são implementa<strong>do</strong>s continuamente,<br />

e a dedicação da empresa não se verifica só através <strong>do</strong>s recursos<br />

disponibiliza<strong>do</strong>s, mas também pelo envolvimento <strong>do</strong>s funcionários <strong>na</strong> discussão<br />

e ajuda das questões de interesse da comunidade. Em outras palavras, os<br />

projetos implementa<strong>do</strong>s têm uma ação proativa frente às demandas sociais.<br />

Todas as questões já expostas esclarecem os conceitos relacio<strong>na</strong><strong>do</strong>s à temática<br />

em estu<strong>do</strong> e oferecem subsídios para a análise da situação da rede de<br />

instituições que desenvolvem trabalhos de prevenção, sensibilização, atendimento<br />

e abrigo para o público vitimiza<strong>do</strong>.<br />

As ações <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />

Ações <strong>do</strong> governo municipal<br />

O município de Ma<strong>na</strong>us inicia, ainda que de maneira incipiente, algumas<br />

ações de sensibilização no combate a essa problemática. A Prefeitura de Ma-

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