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O setor turístico versus a exploração sexual na - Ministério do Turismo

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O <strong>setor</strong> <strong>turístico</strong> <strong>versus</strong> a <strong>exploração</strong> <strong>sexual</strong> <strong>na</strong> infância e a<strong>do</strong>lescência<br />

dade de utilização <strong>do</strong> trabalho infantil que possa inclusive assumir to<strong>na</strong>lidades<br />

de <strong>exploração</strong> <strong>sexual</strong> pode aumentar.<br />

Precárias condições sociais também podem ajudar <strong>na</strong> compreensão<br />

de outros <strong>do</strong>is fatores significativos: no triênio 2000-02, para cada 100 mil<br />

homens entre 15 e 24 anos, 247 morreram assassi<strong>na</strong><strong>do</strong>s em decorrência de<br />

agressões ou homicídios. Na população femini<strong>na</strong> com essa mesma faixa etária<br />

o número foi de 14,4 por 100 mil. A faixa etária extremamente jovem das vítimas<br />

indica que as políticas públicas nesse <strong>setor</strong> não têm si<strong>do</strong> suficientes para<br />

amenizar esse tipo de tragédia.<br />

Também chama a atenção o fato de <strong>na</strong> cidade mais rica <strong>do</strong> país 12% de<br />

seus <strong>do</strong>micílios estarem localiza<strong>do</strong>s em favelas enquanto 14% <strong>do</strong>s imóveis<br />

particulares localiza<strong>do</strong>s <strong>na</strong> cidade permanecem ociosos. Ou seja, existe um<br />

contingente de pessoas que estão em habitações insalubres em número inferior<br />

ao da quantidade de imóveis desocupa<strong>do</strong>s ou disponibiliza<strong>do</strong>s para a<br />

especulação imobiliária. Ainda nessa questão, destaca-se o fato de 9,15% <strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>micílios conviverem com formas nocivas de esgotos, o que também pode<br />

explicar, mesmo que parcialmente, um índice de mortalidade infantil de 14,20<br />

por mil <strong>na</strong>sci<strong>do</strong>s vivos entre 2000-02.<br />

Com relação aos mora<strong>do</strong>res com idade entre zero e 19 anos o fato de eles<br />

representarem 30,4% da população paulista<strong>na</strong> (cerca de 3,2 milhões) indica a<br />

magnitude da preocupação social com a infância e a a<strong>do</strong>lescência <strong>na</strong> cidade.<br />

Tal contingente populacio<strong>na</strong>l formaria a terceira maior cidade brasileira, com<br />

número de habitantes inferior, ape<strong>na</strong>s, ao total da população da capital <strong>do</strong><br />

esta<strong>do</strong> Rio de Janeiro e da própria cidade de São Paulo.<br />

Se por um la<strong>do</strong> 96,4% das pessoas entre sete e 14 anos estão freqüentan<strong>do</strong><br />

a escola, por outro, <strong>na</strong>da garante que os de maior vulnerabilidade econômica<br />

conseguirão escolarização suficiente que permita visualizar um processo<br />

de ascensão social. Porém, não se pode negligenciar os 3,6% de pessoas nessa<br />

faixa etária que estão fora da escola: esse percentual perfaz um contingente<br />

populacio<strong>na</strong>l de cerca de 100 mil crianças que estão à margem <strong>do</strong> processo<br />

de educação formal e que podem se tor<strong>na</strong>r alvos de <strong>exploração</strong> <strong>do</strong> trabalho<br />

infantil em razão da precarização econômica de suas famílias, o que também<br />

se pode des<strong>do</strong>brar para atividades que caracterizem a <strong>exploração</strong> <strong>sexual</strong> comercial<br />

de crianças.

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