O setor turístico versus a exploração sexual na - Ministério do Turismo

Estudo de caso da Freeway Brasil 399
A maioria dos moradores das margens do rio de Contas e da parte alta da
cidade ainda não tem instalações sanitárias. Muitas casas não têm banheiro,
chuveiro e água encanada, o que faz surgir inúmeras doenças, principalmente
entre as crianças.
No primeiro semestre de 2005 — em razão da falta de energia elétrica ou
da dificuldade de acesso à escola em tempos de chuva — houve aula regular
por somente dois meses.
As artesãs de Marcelino — uma experiência de turismo sustentável
O projeto nasce da busca, pela Freeway, de um contato mutuamente enriquecedor
e respeitoso entre o ecoturista e as comunidades das regiões visitadas,
como parte integrante de sua proposta de um turismo sustentável.
Marcelino é uma comunidade no entorno do Parque Nacional dos Lençóis
Maranhenses com 40 casas e 300 moradores, situada a 40 minutos de
lancha “voadeira” da cidade de Barreirinhas, rio Preguiças acima.
A parceria com a Freeway é baseada na criação de um canal direto com os
visitantes, gerando mais lucro do que a antiga prática de vender os produtos
para atravessadores. Anteriormente, o artesanato na localidade era produzido
apenas para consumo interno. Foi quando chegou o Sebrae oferecendo cursos
para melhoria do design e das técnicas de fabricação dos produtos, com a utilização
de corantes da natureza (açafrão, urucum, casca de caju, goncalave, casca
de pequia, salsa-da-praia) no lugar dos corantes anilinas antes utilizados.
Atualmente, as artesãs fazem uma apresentação do trabalho para os visitantes:
exibem o olho do buriti, de onde retiram o linho; mostram, na panela
do fogão de barro, o tingimento da fibra; depois ensinam como se trança essa
fibra para fazer a bolsa. Ao final, vendem seus produtos.
Para despertar a consciência dos moradores locais sobre a sua própria
riqueza e sobre a necessidade da conservação da natureza, a Freeway passou
a plantar mudas de buriti no povoado. Cada cliente da operadora que visita o
local planta a sua, que depois é cuidada pela comunidade. Assim, são reforçados
os laços entre visitante e visitado e o turista vai compartilhando o exercício
da responsabilidade ambiental com os moradores locais. As mudas são