15.06.2013 Views

O setor turístico versus a exploração sexual na - Ministério do Turismo

O setor turístico versus a exploração sexual na - Ministério do Turismo

O setor turístico versus a exploração sexual na - Ministério do Turismo

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

52<br />

O <strong>setor</strong> <strong>turístico</strong> <strong>versus</strong> a <strong>exploração</strong> <strong>sexual</strong> <strong>na</strong> infância e a<strong>do</strong>lescência<br />

esporadicamente, mais como filantropia <strong>do</strong> que como empresas cidadãs que<br />

assumem o compromisso de contribuir para o desenvolvimento social da comunidade.<br />

Tal como acontece com o meio ambiente onde já se verifica alguma preocupação<br />

por parte das empresas deveria também, ainda que incipiente, haver<br />

uma preocupação com o turismo <strong>sexual</strong> para que essa atividade econômica<br />

começasse a reparar os danos causa<strong>do</strong>s à sociedade local e ser tratada como<br />

uma atividade sustentável. Mesmo porque, além de mitigar os efeitos perversos,<br />

serviria também como um fator de competitividade e como marketing<br />

para atrair um maior número de consumi<strong>do</strong>res. 14<br />

Rede de serviços de proteção à criança e ao a<strong>do</strong>lescente contra a<br />

<strong>exploração</strong> <strong>sexual</strong> em Ma<strong>na</strong>us<br />

O movimento social ressalta a importância <strong>do</strong> trabalho em rede para tratar<br />

de assuntos que envolvem um conjunto de instituições e de atores que<br />

trabalham com o mesmo foco temático. É importante porque os trabalhos<br />

necessitam ser executa<strong>do</strong>s de forma integrada, multidiscipli<strong>na</strong>r e articula<strong>do</strong>s<br />

para que não haja sobreposição nem de atividades e, nem de recursos<br />

fi<strong>na</strong>nceiros.<br />

O que se pôde observar após a análise dessa rede de serviços existente<br />

em Ma<strong>na</strong>us é que ainda são precárias as trocas de informações entre os vários<br />

autores envolvi<strong>do</strong>s, as meto<strong>do</strong>logias a<strong>do</strong>tadas e o conhecimento adquiri<strong>do</strong><br />

ainda não são socializa<strong>do</strong>s entre eles e, principalmente, com quem quer ter<br />

uma “visão de fora” sobre a temática.<br />

A participação <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> (executivo estadual e municipal) é incipiente,<br />

restringin<strong>do</strong>-se a atos de mobilização pontuais realiza<strong>do</strong>s por meio de campanhas<br />

de conscientização em eventos culturais e datas comemorativas. Praticamente<br />

não existe divulgação sobre os trabalhos desenvolvi<strong>do</strong>s no esta<strong>do</strong> e<br />

nem uma campanha intensiva de conscientização da sociedade sobre a ques-<br />

14 Martinelli (1997) defende a existência de três tipos de organizações que atuam no campo da responsabilidade<br />

social: as que visualizam nisso oportunidades de negócio; as que se preocupam em manter um<br />

relacio<strong>na</strong>mento harmonioso e ético com to<strong>do</strong>s que compõem seus grupos de interesse e as que atuam como<br />

empresas cidadãs que assumem o compromisso de contribuir para o desenvolvimento social da comunidade<br />

(apud Liberman, 2004).

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!