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O setor turístico versus a exploração sexual na - Ministério do Turismo

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O <strong>setor</strong> <strong>turístico</strong> <strong>versus</strong> a <strong>exploração</strong> <strong>sexual</strong> <strong>na</strong> infância e a<strong>do</strong>lescência<br />

profissio<strong>na</strong>is que não consideravam essa dimensão, uma dimensão huma<strong>na</strong><br />

verdadeira, gritante principalmente nessas meni<strong>na</strong>s que estão <strong>na</strong> <strong>exploração</strong><br />

<strong>sexual</strong>”. Então, de 2000 em diante, percebeu-se que era “importante considerar<br />

essa questão”, qual seja, que cada um tem “o direito de transar”, de ter<br />

sua “<strong>sexual</strong>idade preservada desde que tenha to<strong>do</strong>s os cuida<strong>do</strong>s”. Havia assim<br />

com as pessoas envolvidas com a questão “um moralismo, uma ingenuidade e<br />

temos que considerar que eles são seres sexuais sim!”.<br />

Abordan<strong>do</strong> a questão de uma <strong>sexual</strong>idade precoce fortemente divulgada<br />

e fomentada pela televisão, esta tem “o poder <strong>do</strong> bem e <strong>do</strong> mal gigantesco em<br />

relação à <strong>sexual</strong>idade” produzin<strong>do</strong> uma geração de pessoas com “uma <strong>sexual</strong>idade<br />

muito mais precoce <strong>do</strong> que a nossa e muito mais <strong>do</strong> que as pessoas mais<br />

velhas”. Koshima vê um efeito ainda maior <strong>na</strong> internet. “No dia que a internet<br />

também for massificada como a televisão, o poder vai ser muito maior.” Consideran<strong>do</strong><br />

o poder de comunicação maior e coletivo desses veículos, o exemplo<br />

da novela das oito, a estória da Bebel “mostra essa vida como linda e maravilhosa”<br />

e “está falan<strong>do</strong> com milhões de crianças”. Destacan<strong>do</strong> não ser contra<br />

que se “coloque a realidade”, observa que “o problema é com a velocidade que<br />

a televisão precisa ter porque o que gira é o dinheiro”, não haven<strong>do</strong> “tempo<br />

de parar e fazer a reflexão, essa é a grande crítica à televisão”. Pontua ainda a<br />

educa<strong>do</strong>ra que “o conteú<strong>do</strong> responde a uma demanda, ou seja, o conteú<strong>do</strong> é<br />

a<strong>do</strong>eci<strong>do</strong> como nossa sociedade” detectan<strong>do</strong> “um grande perigo” quan<strong>do</strong> se<br />

pega “um flash só de uma determi<strong>na</strong>da ce<strong>na</strong> descontextualizada, numa população<br />

sem senso crítico nenhum”. Ainda observa que ape<strong>na</strong>s uma camada de<br />

“1% da população é que consegue ver criticamente” o que é exposto, e, assim<br />

se “constrói um cenário hipnótico e alie<strong>na</strong>nte que é a televisão”.<br />

Ainda no que se refere ao papel <strong>do</strong> Cedeca, além de ter si<strong>do</strong> a primeira<br />

instituição de atendimento aqui <strong>na</strong> Bahia e uma das primeiras no Brasil (tinha<br />

umas quatro ou cinco quan<strong>do</strong> o Cedeca começou), pode-se observar “um<br />

de<strong>do</strong> forte” <strong>do</strong> Cedeca em uma política pública federal que é o Sentinela desde<br />

seu “desenho”. Do mesmo mo<strong>do</strong>, o próprio Viver é “fruto também de um<br />

trabalho nosso” — a meto<strong>do</strong>logia <strong>do</strong> Viver é uma cópia <strong>do</strong> Cedeca —, sen<strong>do</strong><br />

que o Cedeca atendeu por um tempo as crianças <strong>do</strong> Viver (Koshima, 2007).<br />

“Hoje, a nossa instituição é vista no cenário <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l como repassa<strong>do</strong>r de meto<strong>do</strong>logias<br />

e é assim como eu enxergo o futuro” (Koshima, 2007). Na descrição<br />

da trajetória, o Cedeca já foi um grande centro de atendimento, chegan<strong>do</strong>

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