Tese de Doutorado - versão final - Sistema de Bibliotecas da FGV ...
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observa-se uma variação importante nas <strong>de</strong>cisões: enquanto que 66 % dos japoneses<br />
continuariam no mesmo emprego, apenas 16 % dos britânicos nele permaneceriam<br />
(NOON, 2002: 55). Nessa pesquisa, não há qualquer país latino – seja europeu, seja latino-<br />
americano. Sua reprodução no Brasil quantificaria nossa <strong>de</strong>scrição do propósito do<br />
trabalho corporativo e, adicionalmente, possibilitaria uma comparação transcultural <strong>de</strong>ssa<br />
relação com o trabalho. Essa é apenas uma <strong>da</strong>s várias possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa<br />
verificadora que po<strong>de</strong>riam resultar <strong>da</strong>s proposições <strong>de</strong>sse estudo.<br />
Para <strong>final</strong>izar, apresentamos uma síntese dos resultados que ora se abrem a<br />
posteriores contribuições:<br />
Síntese <strong>final</strong><br />
Essa investigação qualitativa multipolar resultou na <strong>de</strong>scrição <strong>da</strong> reflexivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>da</strong><br />
impermanência e do enre<strong>da</strong>mento como sentidos do trabalho corporativo que culminam no<br />
trabalho paradoxal. Essa essência paradoxal foi <strong>de</strong>scrita nos seguintes âmbitos: sua<br />
reflexivi<strong>da</strong><strong>de</strong> não impe<strong>de</strong> que sua racionali<strong>da</strong><strong>de</strong> seja débil; seu dinamismo coexiste com a<br />
dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> realizar mu<strong>da</strong>nças organizacionais substantivas; seu enre<strong>da</strong>mento<br />
compromete as possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> um bem-estar aparentemente alcançável; seu foco no<br />
presente termina por se mostrar esvaziado; e seu propósito <strong>de</strong> sustento individual se torna<br />
insustentável pelo hiperconsumo. Mas as conclusões do estudo não <strong>de</strong>screveram um<br />
fenômeno <strong>de</strong>finitivo. Ao seu término, foram aponta<strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> convivência com<br />
o trabalho paradoxal, assim como possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> sua transformação.<br />
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