Tese de Doutorado - versão final - Sistema de Bibliotecas da FGV ...

Comentários adicionais dos entrevistados
A A diferenciação salarial entre gerentes e profissionais cria ninhos de poder que,
muitas vezes, filtram informações ou tomam decisões equivocadas (por não
compartilhar informação e decisão).
As pessoas vêm de formações familiares muito diferentes e não são educadas para
conviver.
Capacitação é um negócio sério; a incompetência técnica é um problema (não adianta
tirar 10 em decolagem e 7 em aterrissagem)
B Gosto de sair de casa, ir para o trabalho, de me sentir produtivo, útil.
C Impacto da tecnologia no trabalho: Ligado no trabalho o tempo inteiro; prejudica o
lado pessoal estar sempre disponível; gosto muito de tecnologia – lido bem com isso.
Corporação é um suporte fantástico.
Aprendizado: relacionar-se é fundamental. Estar o tempo todo envolvido com o
caminho da empresa e com as pessoas.
D Percepção da condição de assalariado, após ter sido autônoma:
- O envolvimento com a realidade de trabalho atinge menos na situação de
autônomo (sente, sofre menos como externo). O dia-a-dia fazendo parte da rotina
traz reflexos mais diretos.
- Sinto falta da maior flexibilidade de horário. Até trabalhava mais, inclusive
sábados e domingos, mas tinha mais flexibilidade. Ainda não me acostumei
totalmente.
- Estava ligada a várias realidades (diferentes empresas) – isso era interessante.
- Em termos de relacionamentos, não houve grandes mudanças. Trabalhava em
equipe mesmo como autônoma.
- Manter-se atualizada, como autônoma, é muito caro. Muito mais fácil como
assalariado (a empresa custeia a capacitação/atualização).
E Mudança de diretores: 5 vezes nos últimos 5 anos. Ciclos de adequação e
alinhamento. Entro numa curva de alta performance. Você está sempre obrigado a
mostrar cada vez mais. Até parece uma tática para te manter sempre em alto
rendimento.
Trabalho matricial (3 gerentes em 3 estados e uma equipe):
- Muito difícil; processo de negociação constante.
- Descoberta de limite.
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