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Tese de Doutorado - versão final - Sistema de Bibliotecas da FGV ...

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• Uma reflexivi<strong>da</strong><strong>de</strong> que exercita a dialógica explicação-compreensão, esten<strong>de</strong>ndo<br />

suas in<strong>da</strong>gações para além <strong>da</strong>s fronteiras científicas;<br />

• Uma reflexivi<strong>da</strong><strong>de</strong> que percebe a transitorie<strong>da</strong><strong>de</strong> dos fun<strong>da</strong>mentos <strong>de</strong> qualquer<br />

conhecimento possível e se sintoniza com essa flui<strong>de</strong>z;<br />

• Uma reflexivi<strong>da</strong><strong>de</strong> que se percebe em abertura e que compreen<strong>de</strong> ser esse um<br />

estado ontologicamente compatível com a existência.<br />

7.5. Reflexivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e níveis lógicos<br />

Retomando o continuum <strong>de</strong> reflexivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s esboçado pelos dois tipos propostos – a<br />

reflexivi<strong>da</strong><strong>de</strong> operativa e a reflexivi<strong>da</strong><strong>de</strong> essencial –, recorreremos ao conceito <strong>de</strong> níveis<br />

lógicos formulado por Bateson (1985) e revisitado por Dilts (1998) para refinar essa<br />

tipologia e concluir sua <strong>de</strong>scrição.<br />

O conceito <strong>de</strong> níveis lógicos po<strong>de</strong> ser ilustrado pelo paradoxo <strong>de</strong> quem <strong>de</strong>clara: “eu<br />

estou mentindo”. O paradoxo é gerado pelo conflito <strong>da</strong> afirmação em si com a afirmação a<br />

respeito <strong>da</strong> afirmação. Isso só é possível porque a frase contém dois níveis <strong>de</strong> abstração. Os<br />

níveis lógicos são esses diferentes graus <strong>de</strong> abstração i<strong>de</strong>ntificáveis na comunicação<br />

humana (BATESON, 1985). Os níveis lógicos permitem, conseqüentemente, diferentes<br />

níveis <strong>de</strong> questionamento na comunicação. Por exemplo, sobre o ambiente (contexto),<br />

sobre as ações, sobre as capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s (estratégias cognitivas), sobre as crenças e valores e<br />

sobre a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> (DILTS, 1998).<br />

Essa abor<strong>da</strong>gem hierárquica multinível, originalmente dirigi<strong>da</strong> ao processo<br />

comunicativo, constitui a base para a formulação <strong>de</strong> uma tipologia <strong>de</strong>scritiva <strong>da</strong><br />

reflexivi<strong>da</strong><strong>de</strong> no trabalho. Nessa tipologia, a reflexivi<strong>da</strong><strong>de</strong> operativa e a reflexivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

essencial são subdividi<strong>da</strong>s para melhor caracterizar o continuum <strong>de</strong> reflexivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

verificável na prática. A figura 7.2 representa essa escala e aponta as perguntas<br />

características <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> nível.<br />

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