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Morel Queiroz da Costa Ribeiro - Mapa dos Conflitos Ambientais de ...

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na escala <strong>de</strong> 1 para 250.000, para ser mais facilmente manuseado. E aí é importante dizer<br />

que consta no EIA que, ao se fazer essa redução gráfica, foram suprimi<strong>da</strong>s algumas<br />

manchas consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s pequenas, e agrupa<strong>da</strong>s outras para se a<strong>de</strong>quar à escala do trabalho<br />

que estava sendo feito à época. Os resulta<strong>dos</strong> constantes no EIA estão apresenta<strong>dos</strong> na<br />

tabela, on<strong>de</strong> se verifica que a área afeta<strong>da</strong> tanto por Capim Branco 1 quanto por Capim<br />

Branco 2 é uma área totalmente antropisa<strong>da</strong>, em sua maioria. As pastagens mais a calha do<br />

rio representam dois casos. No primeiro caso, representa mais <strong>de</strong> 90% <strong>da</strong> área total; e no<br />

segundo caso, quase 90%. E os remanescentes mapea<strong>dos</strong> na escala <strong>de</strong> então, na escala <strong>de</strong> 1<br />

para 50.000, são pouco significantes, ocupam exatamente as áreas on<strong>de</strong> não houve a<br />

possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> operacional <strong>de</strong> aproveitamento, ou seja, encostas muito íngremes,<br />

afloramentos rochosos, on<strong>de</strong> operacionalmente os proprietários <strong>da</strong> área não conseguiram<br />

estabelecer as suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. É importante dizer, ain<strong>da</strong>, que a gran<strong>de</strong> área mapea<strong>da</strong> como<br />

pastagem foi <strong>de</strong>scrita no EIA, e eu gostaria <strong>de</strong> ler: ‘Os limites consi<strong>de</strong>ra<strong>dos</strong> para <strong>de</strong>finição<br />

<strong>da</strong>s áreas <strong>de</strong> pastagem incluem o que usualmente se <strong>de</strong>nomina pasto sujo, que correspon<strong>de</strong><br />

às duas primeiras fases <strong>de</strong> sucessão natural e cuja vegetação é composta por espécies<br />

pioneiras, herbáceas e arbustivas. Nessas áreas é comum a ocorrência <strong>de</strong> indivíduos<br />

arbóreos heterogeneamente dispersos, cujas concentrações po<strong>de</strong>m conferir o aspecto <strong>de</strong><br />

capoeirinha. Porém, na escala <strong>de</strong> mapeamento <strong>de</strong> 1 para 50.000, impossíveis <strong>de</strong> serem<br />

<strong>de</strong>limita<strong>dos</strong>.’ Posteriormente, foi elaborado o PCA para o empreendimento, que se utilizou<br />

<strong>da</strong>s mesmas bases, praticamente, que constavam no EIA, com alguns aprimoramentos <strong>de</strong><br />

campo. Aí temos um aumento <strong>dos</strong> remanescentes arbóreos e é importante que em to<strong>dos</strong> os<br />

momentos esses remanescentes não são caracteriza<strong>dos</strong> como fragmentos <strong>de</strong> fisionomias ou<br />

tipologias vegetais distintas, porque realmente, em sua gran<strong>de</strong> maioria, são remanescentes<br />

arbóreos isola<strong>dos</strong> ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> extremamente baixa. O trabalho que realizamos foi<br />

<strong>de</strong>senvolvido entre janeiro e maio <strong>de</strong> 2004. Era o projeto executivo para supressão <strong>da</strong><br />

vegetação arbórea e retira<strong>da</strong> do material lenhoso existente <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s áreas afeta<strong>da</strong>s.<br />

Levamos em consi<strong>de</strong>ração, inclusive, uma recomen<strong>da</strong>ção do promotor <strong>de</strong> Justiça <strong>da</strong><br />

Comarca <strong>de</strong> Araguari, que nos solicitou, na época, que o reservatório não fosse só limpo,<br />

mas que fosse varrido. Foi essa a expressão que ele utilizou. Ou seja, ele não gostaria que<br />

nenhum remanescente permanecesse na área <strong>de</strong> inun<strong>da</strong>ção, o que já havia ocorrido em<br />

empreendimentos anteriores na região. O objetivo era a elaboração <strong>de</strong> um projeto executivo<br />

para essa supressão, com o maior nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhamento possível. As bases cartográficas<br />

utiliza<strong>da</strong>s para isso foram o mapa <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> solo e cobertura vegetal na escala <strong>de</strong> 1 para<br />

50.000 já existente no EIA, e ortofotocartas num vôo realizado pela Aerosat em 2002, na<br />

escala <strong>de</strong> 1 para 5.000. É importante dizer que neste caso trabalhamos com imagem <strong>de</strong> alta<br />

resolução, provavelmente um <strong>dos</strong> melhores materiais <strong>de</strong>sse tipo com o qual já tive<br />

oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> trabalhar profissionalmente. Com base nessas escalas fizemos uma<br />

interpretação direta sobre essas ortofotocartas em 1 para 5.000, on<strong>de</strong> <strong>de</strong>limitamos to<strong>dos</strong> os<br />

remanescentes arbóreos, árvores isola<strong>da</strong>s em pastagem, grupamento <strong>de</strong> árvores, pomar <strong>de</strong><br />

fundo <strong>de</strong> casas etc. Construímos fichas individuais para ca<strong>da</strong> um, o que nos possibilitou ir a<br />

campo <strong>de</strong> maneira geo-referencia<strong>da</strong> e conferir tanto o aspecto fisionômico quanto a<br />

<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> e as condições operacionais <strong>de</strong> trabalho em ca<strong>da</strong> área. Atualizamos esses <strong>da</strong><strong>dos</strong><br />

no nosso banco e processamos as informações obti<strong>da</strong>s. A escala <strong>de</strong>sse mapeamento é <strong>de</strong> 1<br />

para 5.000. Provavelmente, se tivéssemos trabalhado com um outro objetivo obteríamos<br />

números próximos aos do EIA. Temos nos resulta<strong>dos</strong> obti<strong>dos</strong> neste levantamento 443<br />

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