Morel Queiroz da Costa Ribeiro - Mapa dos Conflitos Ambientais de ...
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como <strong>de</strong> importância alta. Assim essa região do rio <strong>de</strong>veria ser preserva<strong>da</strong>. É a minha<br />
opinião e acho que existem outras alternativas. É por isso que sugerimos que seja<br />
in<strong>de</strong>ferido o aproveitamento <strong>de</strong> Retiro Baixo, nos termos que estão no parecer técnico <strong>da</strong><br />
FEAM.” José <strong>da</strong> <strong>Costa</strong> Carvalho Neto, diretor do Consórcio Retiro Baixo: “Em primeiro<br />
lugar, eu gostaria <strong>de</strong> fazer aqui três registros. O primeiro <strong>de</strong>les é o nosso compromisso<br />
ambiental com o projeto. É claro que temos como empreen<strong>de</strong>dores a obrigação <strong>de</strong><br />
empreen<strong>de</strong>rmos a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente. E a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente para nós significa também o respeito<br />
pela área ambiental. Dentro <strong>de</strong>sse compromisso temos um respeito muito gran<strong>de</strong> pelo<br />
sistema <strong>de</strong> meio ambiente e <strong>de</strong>senvolvimento sustentável do Estado, capitaneado pela<br />
Secretaria <strong>de</strong> Meio Ambiente, pela instituição FEAM, por esses conselhos tão<br />
<strong>de</strong>mocráticos. Mas não po<strong>de</strong>ríamos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> registrar a nossa total, radical e veemente<br />
discordância com o parecer <strong>da</strong> equipe <strong>da</strong> FEAM. É um parecer <strong>de</strong> meias-ver<strong>da</strong><strong>de</strong>s, um<br />
parecer em que o fun<strong>da</strong>mento técnico <strong>de</strong>ixa muito a <strong>de</strong>sejar e que alguns pontos <strong>de</strong>ixam<br />
<strong>de</strong> ser menciona<strong>dos</strong>. Por exemplo, a audiência pública que foi realiza<strong>da</strong>, em que ouvimos<br />
inúmeros pronunciamentos <strong>de</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s, li<strong>de</strong>ranças, moradores e não houve nenhum<br />
contrário ao empreendimento. A gran<strong>de</strong> maioria foi muito favorável e alguns poucos<br />
tiveram alguma posição não totalmente favorável, mas não foram contrários ao<br />
empreendimento. Esses citaram e <strong>de</strong>ram algumas sugestões <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s mitigadoras a<br />
serem consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s. Essa posição na reali<strong>da</strong><strong>de</strong> não foi surpresa para nós. Temos sentido<br />
nos últimos pareceres <strong>de</strong>ssa equipe <strong>da</strong> FEAM a respeito <strong>de</strong> hidrelétricas uma posição<br />
totalmente contrária às usinas hidrelétricas. Parece que foi <strong>de</strong>cretado que usina<br />
hidrelétrica em Minas Gerais não po<strong>de</strong> ser mais feita. E esse não é o papel <strong>da</strong> FEAM. O<br />
próprio parecer mostra a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do po<strong>de</strong>r público <strong>de</strong> não <strong>de</strong>ixar qualquer<br />
empreendimento em que as bases ambientais não sejam preserva<strong>da</strong>s. Mas acho que tão<br />
nefasto como isso é impedir o empreendimento ambientalmente correto <strong>de</strong> não ser feito.<br />
Essas coisas têm que ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s. O terceiro registro que eu queria dizer é o seguinte:<br />
se esse empreendimento for inviável (falo isso baseado nos meus 33 anos <strong>de</strong> setor elétrico,<br />
numa estatal que foi a Cemig, e seis anos na iniciativa priva<strong>da</strong>; em 39 anos), não há<br />
nenhuma hidrelétrica no Brasil que po<strong>de</strong>rá ser construí<strong>da</strong>. Isso porque Retiro Baixo é<br />
muito favorável com as medi<strong>da</strong>s mitigadoras que queremos tomar, inclusive, para <strong>de</strong>ixar<br />
esse empreendimento como uma referência para o setor elétrico no aspecto <strong>de</strong><br />
compromisso ambiental. Se for assim nenhum outro empreendimento hidrelétrico po<strong>de</strong>rá<br />
ser feito no Brasil. Eu queria registrar aqui alguns pontos a respeito disso. Primeiro, são<br />
82 MW por uma área inun<strong>da</strong><strong>da</strong> remanescente, sem contar a calha do rio <strong>de</strong> pouco mais <strong>de</strong><br />
20 km2, o que significa 4 MW por km2. Temos no Brasil empreendimentos com 0,2, 0,3, 1<br />
km2 implanta<strong>dos</strong>. A segun<strong>da</strong>: temos só 14 proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s rurais afeta<strong>da</strong>s. Dessas, 12% do<br />
total são aquelas que vão ser mais inun<strong>da</strong><strong>da</strong>s e estamos <strong>da</strong>ndo a opção para os<br />
proprietários <strong>de</strong> in<strong>de</strong>nização, permuta, realocação e assentamento. Então, não tem<br />
nenhum problema <strong>de</strong> natureza social. É uma usina a fio d´água com baixíssima <strong>de</strong>pressão,<br />
uma usina que mu<strong>da</strong> muito pouco o impacto <strong>da</strong>s corre<strong>de</strong>iras etc., porque é uma usina que<br />
opera a fio d´água. É uma usina em que vamos ter a preocupação com a implantação e<br />
operação para não haver nenhum problema <strong>de</strong> natureza ambiental. Estamos propondo<br />
sistema <strong>de</strong> transposição <strong>de</strong> peixes, tudo feito por equipes especializa<strong>da</strong>s, e já temos<br />
convênio firmado com a Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Minas Gerais, tanto com o pessoal <strong>da</strong><br />
biologia quanto com o pessoal <strong>da</strong> hidráulica; temos convênio firmado com a Emater,<br />
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