Morel Queiroz da Costa Ribeiro - Mapa dos Conflitos Ambientais de ...
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drasticamente a nossa biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> fauna e flora, tanto terrestre quanto aquática.<br />
Por causa disso temos essa referência para ser usa<strong>da</strong> politicamente, como <strong>de</strong>cisão política,<br />
como <strong>de</strong>liberação. Nesse aspecto, em Retiro Baixo, a área do Paraopeba envolvi<strong>da</strong> na<br />
questão do empreendimento, é uma área <strong>de</strong> alta importância. As categorias extremamente<br />
alta, muito alta, alta estão relaciona<strong>da</strong>s com as condições em que aquela bacia se encontra.<br />
As pressões são tópicas, mas ain<strong>da</strong> exite diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rável. Em termos <strong>de</strong><br />
ictiofauna, próximo <strong>da</strong> bacia do rio São Francisco, como foi dito aqui pelo empreen<strong>de</strong>dor,<br />
cerca <strong>de</strong> 75% <strong>da</strong>s espécies <strong>de</strong> peixes estão presentes no rio Paraopeba. Para se questionar<br />
o impacto <strong>de</strong> Três Marias em relação a Retiro Baixo tem que haver um fun<strong>da</strong>mento.<br />
Ain<strong>da</strong> não temos conhecimento <strong>da</strong> ictiofauna <strong>de</strong>sse trecho suficiente para inferir a respeito<br />
disso. Então, tem que estar muito bem claro que a ictiofauna em questão está conserva<strong>da</strong><br />
nos aspectos apresenta<strong>dos</strong> no que era coletado e apresentado no relatório <strong>da</strong> Cemig,<br />
documentado, em relação às áreas <strong>de</strong> amostragem <strong>da</strong> UTE Igarapé, a eficiência do<br />
mecanismo proposto. Há registro <strong>de</strong> quatro espécies que estão passando, sabemos que há<br />
<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>ssa diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> to<strong>da</strong> a questão <strong>da</strong> ictiofauna e os peixes migradores, o que as<br />
pessoas mais enfatizam. Mas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> 86 espécies registra<strong>da</strong>s na bacia não são apenas as<br />
migradoras que contam, são várias espécies raras ameaça<strong>da</strong>s <strong>de</strong> extinção, endêmicas, que<br />
com o empreendimento serão com certeza irreparáveis. É por isso que o Atlas está<br />
recomen<strong>da</strong>ndo como área <strong>de</strong> alta importância. Então acho muito importante refletir isso,<br />
foi <strong>de</strong>batido durante quatro dias inteiros a respeito <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> área, a forma como está a<br />
fauna aquática, a avifauna, herpetofauna, ictiofauna, flora, sócio-economia. Tudo está<br />
registrado. Temos que pensar politicamente, energeticamente, socialmente. É muito<br />
complexa essa questão to<strong>da</strong>, temos que discutir, refletir muito. É uma questão que tem <strong>de</strong><br />
ser muito enfatiza<strong>da</strong>. Agra<strong>de</strong>ço e espero ter informado um pouco a função <strong>de</strong>ste livro, que<br />
não é só uma referência para ficar na prateleira. É para ser usado, para ser tomado como<br />
base <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Isso é uma ferramenta, por favor, respeitem a ferramenta. Não é porque<br />
tem a categoria ‘alta’ menor que a ‘extrema’ que ela não é importante. É fun<strong>da</strong>mental<br />
pensar nisso.” Presi<strong>de</strong>nte Cástor Cartelle Guerra: “Não emiti nenhum juízo <strong>de</strong> valor a<br />
respeito <strong>da</strong>s categorias. Apenas disse que era preciso analisar o problema, não só o<br />
significado <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> palavra em si, mas <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma ótica política. A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong>sses<br />
termos, que são simplesmente subjetivos, correspon<strong>de</strong>u a uma classificação que não fosse<br />
ofensiva. Eu estava lá e fiz parte disso na reunião. Alguém levantou que se fizéssemos o<br />
tipo <strong>de</strong> classificação, por exemplo, equivalente a ‘<strong>de</strong>struição <strong>de</strong> animais’ e ‘perigo’, e<br />
traduzíssemos para o rio, iria cair muito mal para quem vivia <strong>da</strong> água. Temos que<br />
analisar isso, não subjetivamente, mas consi<strong>de</strong>rando a <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção. Apenas coloquei que é<br />
necessário levar em conta essa relativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Foram nesses termos que eu falei.” Maria<br />
Eugênia, representante do IEF: “Não gostaria <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar sem resposta o questionamento <strong>da</strong><br />
doutora Ísis, ex-presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Câmara <strong>de</strong> Proteção à Biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Mas recebi esse<br />
parecer chegando aqui e não tive a chance <strong>de</strong> ler e ver com os meus colegas se teriam feito<br />
uma manifestação prévia. Trabalho na regional centro-sul, núcleo <strong>de</strong> Belo Horizonte, e<br />
esse processo é a <strong>da</strong> regional centro-norte. Então, não tive a menor possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso<br />
ao meu colega que fez o parecer técnico, pois recebi hoje o parecer técnico. Obriga<strong>da</strong>.”<br />
Luiz, técnico <strong>da</strong> FEAM: “Gostaria <strong>de</strong> fazer um esclarecimento ao conselheiro Décio. Não<br />
faltou diálogo na condução <strong>de</strong>sse processo. Quando <strong>da</strong> avaliação do Estudo <strong>de</strong> Impacto<br />
Ambiental, foram solicita<strong>da</strong>s 50 páginas aproxima<strong>da</strong>mente <strong>de</strong> informações<br />
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