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Morel Queiroz da Costa Ribeiro - Mapa dos Conflitos Ambientais de ...

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sócio-econômicos, monitoramento <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> água e ao plano <strong>de</strong> conservação e<br />

monitoramento <strong>da</strong> ictiofauna. São essas as consi<strong>de</strong>rações finais <strong>de</strong> to<strong>dos</strong> os estu<strong>dos</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvi<strong>dos</strong>. Os balanços <strong>dos</strong> impactos nos programas indicam um empreendimento<br />

normal em relação às <strong>de</strong>mais usinas hidrelétricas. São impactos muito menos<br />

significativos nas questões <strong>de</strong> vegetação, <strong>de</strong> uso do reservatório, <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> suas<br />

águas do que em outras hidrelétricas já aprova<strong>da</strong>s. Logo existe a sua viabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

ambiental. A FEAM atribui ao trecho do rio Paraopeba em questão um estágio <strong>de</strong><br />

preservação ambiental superior ao verificado na prática, em termos <strong>de</strong> mata ciliar e<br />

quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> água. Quanto à diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> peixes, reconhecemos, constatamos nos<br />

estu<strong>dos</strong> e propusemos as medi<strong>da</strong>s a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s. A importância biológica alta <strong>da</strong><strong>da</strong> ao rio<br />

Paraopeba no Atlas <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Minas Gerais, na ver<strong>da</strong><strong>de</strong> é a segun<strong>da</strong> em or<strong>de</strong>m<br />

crescente <strong>de</strong> importância, entre as cinco classes. O Atlas classifica como classes potencial,<br />

alta, muito alta, extrema ou especial. Temos a alta como segun<strong>da</strong>. A equipe técnica <strong>da</strong><br />

Valme, seus consultores e as universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s parceiras, <strong>de</strong> posse <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as informações,<br />

análises, informações complementares e reuniões públicas, atestamos claramente a<br />

viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> ambiental <strong>de</strong>sse empreendimento nas condições propostas.” Vasco Campos<br />

Torquato, biólogo: “Trabalhei durante 35 anos no setor elétrico, na área ambiental, e em<br />

2004 fui convi<strong>da</strong>do para participar <strong>da</strong> equipe <strong>da</strong> usina <strong>de</strong> Retiro Baixo. Durante três<br />

meses avaliamos a viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> ambiental do projeto e então concor<strong>da</strong>mos realmente em<br />

<strong>de</strong>senvolver o trabalho, a partir do momento em que acreditamos na sua viabili<strong>da</strong><strong>de</strong>. Na<br />

reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, estou confortável para estar aqui afirmando essa viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> perante a mim e<br />

perante os meus colegas, os meus conterrâneos, porque parte <strong>da</strong> usina vai ser instala<strong>da</strong> na<br />

minha terra. Claro que são necessárias para esse empreendimento algumas ações<br />

ambientais e algumas condicionantes ambientais, que já foram propostas e muito bem<br />

<strong>de</strong>monstra<strong>da</strong>s aqui, pela equipe <strong>da</strong> ictiofauna. Para concluir, um empreendimento<br />

hidrelétrico inevitavelmente traz impacto para o meio ambiente. Entretanto, para o rio<br />

Paraopeba, nas condições atuais, a usina <strong>de</strong> Retiro Baixo vem trazendo novi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

compromissos, que, leva<strong>dos</strong> ao final, irão tornar o Estado <strong>de</strong> Minas Gerais no maior<br />

conhecedor <strong>de</strong> como projetar e construir, testar e operar uma usina hidrelétrica <strong>de</strong> forma<br />

ambientalmente viável. Nos meus 33 anos no setor elétrico, trabalhando na área<br />

ambiental, esse é o projeto mais compatível com o meio ambiente que eu conheço.”<br />

Marcelo José <strong>de</strong> Melo, veterinário: “Trabalhei 28 anos nesta área, me especializei em<br />

piscicultura e estou aposentado na estação <strong>de</strong> piscicultura <strong>de</strong> Três Marias; trabalhei na<br />

Co<strong>de</strong>vasf e Su<strong>de</strong>pe e hoje moro às margens <strong>da</strong> represa <strong>de</strong> Três Marias. Eu vim falar sobre<br />

a pesca no futuro reservatório, mas acho difícil falar sobre pesca sem fazer alguma<br />

consi<strong>de</strong>ração sobre o reservatório <strong>de</strong> Três Marias. É claro que o mal feito pela barragem<br />

<strong>de</strong> Três Marias está vindo este ano ao pé <strong>de</strong> todo o Alto São Francisco. Por exemplo, houve<br />

espécies <strong>de</strong> peixes que sofreram muito os impactos em Três Marias, como o pirá, que<br />

praticamente está <strong>de</strong>saparecido. Eu vou falar <strong>de</strong> peixes <strong>de</strong> valor comercial, que são os<br />

peixes que através do <strong>da</strong><strong>dos</strong> <strong>de</strong> pesca você consegue controlar. Outras espécies sofreram o<br />

impacto também, como surubim, dourado, matrinchã, piau ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro, e se a<strong>da</strong>ptaram às<br />

condições. Hoje a participação ativa <strong>de</strong>ssas espécies na pesca comercial é pequena. Alguns<br />

falam que estão em fase <strong>de</strong> extinção. Eu não gosto <strong>de</strong>sse termo, porque tem mais <strong>de</strong> 30<br />

anos que eles estão em fase <strong>de</strong> extinção; então já estariam extintos. Mas eles continuam<br />

sendo pesca<strong>dos</strong>, só que houve uma <strong>de</strong>pressão <strong>dos</strong> estanques. Infelizmente a maioria <strong>dos</strong><br />

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