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Morel Queiroz da Costa Ribeiro - Mapa dos Conflitos Ambientais de ...

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emanescente <strong>de</strong> vegetação significativo ou com alto grau <strong>de</strong> conectivi<strong>da</strong><strong>de</strong>. De acordo com<br />

a sua literatura, o rio Paraopeba possui 86 espécies <strong>de</strong> peixes, sendo que foram registra<strong>da</strong>s<br />

75 espécies entre a cachoeira do Choro e o remanso <strong>de</strong> Três Marias, baseado em duas<br />

campanhas <strong>de</strong> campo, em março e junho, <strong>de</strong> quatro dias, somente na área que será<br />

comprometi<strong>da</strong> diretamente, que são 41 km até a cachoeira do Choro. Existem seis espécies<br />

ameaça<strong>da</strong>s <strong>de</strong> extinção indica<strong>da</strong>s, cinco endêmicas <strong>da</strong> bacia do rio São Francisco, quatro<br />

espécies <strong>de</strong> baixa distribuição geográfica, 11 especializações morfológicas distintas, <strong>de</strong>z<br />

espécies migradoras, uma espécie ain<strong>da</strong> não <strong>de</strong>scrita (<strong>da</strong> família caldini), conheci<strong>da</strong><br />

apenas nas cabeceiras <strong>dos</strong> tributários, na margem esquer<strong>da</strong> do Paraopeba. Essa espécie é<br />

registra<strong>da</strong> apenas em dois pontos, justamente nos barrancos <strong>de</strong> rios, porque <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

uma vegetação ciliar. Verificamos uma vegetação ciliar expressiva. Existem espécies<br />

endêmicas ameaça<strong>da</strong>s, <strong>de</strong> baixa distribuição, migradoras, além <strong>de</strong> espécies raras. Quanto<br />

à consi<strong>de</strong>ração do EIA, cita que o rio Paraopeba tem recursos disponíveis para<br />

manutenção <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> peixes que têm varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> habitats, com ambientes <strong>de</strong><br />

corre<strong>de</strong>iras, alternância <strong>de</strong> possas, remanso, que são importantes para a ictiofauna. Esse<br />

trecho do rio é importante mesmo que já tenha sido constata<strong>da</strong> a redução <strong>dos</strong> trechos<br />

lóticos. Nas áreas remansosas, foram encontra<strong>da</strong>s espécies <strong>de</strong> interesse para pesca, em<br />

corre<strong>de</strong>iras, importantes para a transposição natural <strong>dos</strong> peixes. O EIA conclui que o<br />

inventário ictiofaunístico realizado no fim do ano, com aquelas espécies to<strong>da</strong>s <strong>de</strong>scritas, foi<br />

um levantamento preliminar. E afirma a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um diagnóstico para uma<br />

posterior avaliação <strong>dos</strong> impactos sobre a biota, tanto no ecossistema do rio como ao longo<br />

<strong>da</strong>s margens e <strong>dos</strong> ecossistemas; e concor<strong>da</strong> que a varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ambientes que o rio<br />

Paraopeba tem neste trecho funciona como recurso alimentar, locais <strong>de</strong> abrigo,<br />

reprodução e <strong>de</strong>scanso para a ictiofauna. Os rios <strong>de</strong> planalto possuem poucas espécies<br />

a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong>s ao ambiente lêntico. É necessário adquirir um conhecimento <strong>da</strong> estrutura <strong>da</strong><br />

comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>dos</strong> peixes à montante e à jusante. Não existem estu<strong>dos</strong> ou conhecimentos<br />

extensos sobre a distribuição ecológica e <strong>de</strong>mográfica ou sobre os usos e habitats <strong>da</strong>s<br />

espécies coleta<strong>da</strong>s. E o EIA conclui que é importante a execução <strong>de</strong> estu<strong>dos</strong> <strong>de</strong>talha<strong>dos</strong><br />

sobre a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> peixes para melhorar a condição <strong>de</strong> manejo <strong>da</strong> ictiofauna que será<br />

atingi<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma mais efetiva pelo empreendimento. Realmente, o rio Paraopeba,<br />

principalmente nesta parte, é pouco estu<strong>da</strong>do, principalmente sua ictiofauna. É por isso<br />

que é <strong>da</strong><strong>da</strong> ênfase, porque a riqueza é muito gran<strong>de</strong>. O EIA fala que a fauna aquática está<br />

submeti<strong>da</strong> a um estresse ambiental, poluição industrial à montante, <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção nas<br />

margens mineradoras <strong>de</strong> ardósico, confinamento <strong>dos</strong> peixes entre Igarapé e Três Marias.<br />

O diagnóstico <strong>de</strong>monstrou que ocorreram alterações na quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> água, com alguns<br />

parâmetros físicos, químicos e bacteriológicos para fora <strong>dos</strong> limites estabeleci<strong>dos</strong> pela<br />

legislação. Mas antes se mostrou melhor preserva<strong>da</strong> e oxigena<strong>da</strong>, com baixas<br />

concentrações <strong>de</strong> DBO (Deman<strong>da</strong> Bioquímica <strong>de</strong> Oxigênio), mostrando um ambiente<br />

equilibrado e disponível para a biota aquática. Com relação ao confinamento <strong>dos</strong> peixes,<br />

revela que o trecho é bastante representativo, ocorrendo espéciea <strong>de</strong> piracema e<br />

endêmicas, po<strong>de</strong>ndo se inferir que as espécies se reproduzem ali mesmo tendo em vista<br />

que as corre<strong>de</strong>iras presentes são fun<strong>da</strong>mentais para a migração e <strong>de</strong>sova; e os remansos<br />

entre as corre<strong>de</strong>iras, pontos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso <strong>de</strong> alimentação. Segundo o empreen<strong>de</strong>dor, essa<br />

afirmação busca reforçar uma característica ambiental local, porque quando<br />

perguntamos nas informações complementares eles disseram que era uma característica<br />

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