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_Hinrichs_Kleinback

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100 Energia e Meio Ambiente<br />

Existem duas afirmações importantes que derivam da segunda lei. São elas:<br />

Afirmações Decorrentes da Segunda Lei<br />

1. O calor pode fluir espontaneamente (por si próprio) somente de uma<br />

fonte quente para um sorvedouro frio.<br />

2. Nenhuma máquina térmica em que o calor de uma fonte quente é<br />

convertido inteiramente em trabalho pode ser construída. Algum<br />

calor deve ser descartado para um sorvedouro a temperatura mais<br />

baixa.<br />

Da primeira afirmação nós já tratamos. Uma geladeira só funciona com a ajuda de trabalho<br />

externo fornecido ao compressor.<br />

A segunda afirmação nos diz que precisamos de uma fonte quente e de um sorvedouro<br />

frio para que aconteça o fluxo de calor e a extração de trabalho útil. Este argumento<br />

contraria nosso exemplo do livro que se move através da extração de calor da mesa: não há<br />

um sorvedouro frio para o qual o calor possa fluir ou ser trocado. O mesmo vale para o<br />

exemplo de extração de trabalho da vasta energia térmica contida nos oceanos. A segunda<br />

lei afirma que, para que uma máquina térmica possa funcionar, parte do calor deve ser<br />

descartado para um sorvedouro frio - tal como o nosso ambiente. É necessário que se<br />

tenha um AT (uma diferença de temperatura).<br />

Vamos agora observar mais detalhadamente a segunda lei. No Capítulo 3, a eficiência<br />

percentual de um dispositivo foi definida como a razão:<br />

O princípio da conservação da energia nos diz que o trabalho realizado é igual à entrada<br />

de energia menos o calor transferido para fora do sistema. Portanto,<br />

Se uma parte do calor é transferida para um sorvedouro frio, como exige a segunda<br />

lei, então esta expressão nos diz que nós jamais teremos um sistema com 100% de eficiência.<br />

O valor da eficiência deve sempre ser menor do que 100%. Portanto, jamais existirão<br />

máquinas de movimento perpétuo. Pessoas têm trabalhado em tais dispositivos por anos<br />

a fio, tentando encontrar uma máquina que funcione para sempre, uma máquina que não<br />

necessite de um suprimento contínuo de energia, mas ninguém obteve sucesso. Mesmo<br />

na ausência de atrito na máquina, uma parte do calor vai ser transferida para o sorvedouro<br />

frio e a eficiência será menor do que 100%, fazendo com que a máquina eventualmente<br />

pare.<br />

Eficiência Máxima — Menos que Perfeito<br />

Se uma parte do calor tem que ser descartada para o ambiente, qual é o melhor que<br />

podemos fazer? Qual é a eficiência máxima que podemos obter ao partirmos de uma fonte<br />

quente a uma temperatura T H<br />

e um sorvedouro frio a uma temperatura T c<br />

? Esta questão<br />

foi de grande importância no desenvolvimento das máquinas a vapor no início do século<br />

XIX. Sadi Carnot, um engenheiro francês, mostrou que, para uma máquina ideal (que ire-

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