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_Hinrichs_Kleinback

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234 Energia e Meio Ambiente<br />

volta de 1999 e o completo banimento dos CFCs em 2000. Este "Protocolo de Montreal" é<br />

importante não apenas pela magnitude e velocidade das mudanças acordadas mas, também,<br />

por ser "o primeiro tratado verdadeiramente global a oferecer proteção a todo e qualquer<br />

ser humano" (Dr. M. Tolba, Diretor de Meio Ambiente das Nações Unidas). Os<br />

Estados Unidos interromperam a produção de CFCs destruidores da camada de ozônio<br />

em 1996.<br />

Como em vários outros problemas ambientais, existe uma ampla variedade de<br />

diferenças entre as nações com relação ao equilíbrio adequado entre desenvolvimento<br />

econômico e proteção do ambiente global. O Protocolo de Montreal permite que os<br />

países em desenvolvimento signatários do tratado aumentem por dez anos a utilização<br />

de CFCs antes de terem que reduzir em 50% o consumo. Muitos destes países utilizam<br />

em larga escala a refrigeração baseada em CFCs e não podem arcar com os custos dos<br />

produtos químicos substitutos. Alguns destes produtos podem se mostrar menos<br />

duráveis e menos eficientes do ponto de vista energético. Muitos dos países em desenvolvimento<br />

acreditam que precisam de auxílio concreto dos países mais ricos para<br />

poderem utilizar os substitutos adequados e não apenas um protocolo internacional com<br />

objetivos grandiosos. Sendo assim, o protocolo estabelece um fundo que ajude as nações<br />

em desenvolvimento a pagar pelas novas tecnologias e pelas conversões dos equipamentos<br />

já existentes. Ainda existe uma grande demanda por estes produtos químicos no<br />

mundo em desenvolvimento. Por exemplo, a China, em pleno processo de acelerado<br />

crescimento econômico, tem observado um salto nas vendas de refrigeradores de dois<br />

por 1.000 residências em 1981 para 423 por 1.000 em 1990 e 750 por 1.000 em 1998.<br />

Obviamente, é necessária uma participação mais ampla do Terceiro Mundo, caso se pretenda<br />

reduzir o consumo global de CFCs.<br />

D. Poluição Térmica<br />

Poluição térmica é definida como a adição ao ambiente de calor indesejado, em particular,<br />

às águas naturais. Neste caso, a "poluição" não é vista "sujando" a água, mas sim causando<br />

danos ou modificações no ambiente do lago ou rio. Pode levar algum tempo até<br />

estes efeitos se tornarem visíveis. As estações geradoras de eletricidade a vapor são a<br />

grande fonte de água aquecida. Como discutido no Capítulo 4, uma unidade condensadora<br />

é necessária após a turbina para completar o ciclo do vapor e aumentar a eficiência<br />

da usina de força (Figura 3.3). No condensador, a energia térmica é removida do vapor<br />

quente ao circular água fria por dentro das serpentinas condensadoras. Esta água de refrigeração<br />

normalmente é retirada do sistema e descarregada em um corpo d'água qualquer,<br />

como um lago ou rio.<br />

A quantidade de água que passa pelo condensador é muito grande. Lembre, do<br />

Capítulo 4, que a adição de calor Q a uma substância de massa m leva a um aumento na<br />

temperatura dado pela equação<br />

onde c é o calor específico da substância. A quantidade AT pela qual a temperatura aumenta<br />

é relacionada com a massa, m, de água circulando pelo condensador e com a quantidade<br />

de calor que é adicionada. Uma alta taxa de fluxo de água irá reduzir o aumento da<br />

temperatura No caso de uma usina de força padrão de 1.000 MWe, um fluxo de aproximadamente<br />

10.000 galões de água por segundo (1.200 pés 3 /s) deve ser mantido nas serpentinas<br />

para limitar a 8°C (15°F) o aumento da temperatura da água de retorno. Este<br />

volume é equivalente a quase um quarto das necessidades diárias de uma cidade como<br />

Nova York.

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