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_Hinrichs_Kleinback

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428 Energia e Meio Ambiente<br />

O vazamento do plasma pelas extremidades da máquina espelho pode ser eliminado<br />

fazendo-se com que uma extremidade da garrafa cilíndrica se una com a outra, formando<br />

uma geometria toroidal, ou em forma de rosquinha (Figura 15.3). Neste esquema, as linhas<br />

de campo magnético formam uma volta fechada. O sistema de confinamento fechado ou<br />

toroidal mais conhecido é o "Tokamak", um reator inicialmente desenvolvido na Rússia e<br />

que foi levado para os Estados Unidos em 1969. A Figura 10.6 mostra o (atualmente desativado)<br />

Reator de Teste de Fusão Tokamak na Universidade de Princeton. A Figura 15.4<br />

mostra uma vista do interior de seu vaso toroidal de vácuo, no qual o plasma é confinado<br />

O Tokamak (termo russo para "câmara magnética toroidal") utiliza bobinas de corrente ao<br />

redor do toróide para fornecer um campo magnético em volta do perímetro do toróide. O<br />

Tokamak também usa uma corrente através do próprio plasma para fornecer um campo<br />

magnético que envolve o plasma. Este campo secundário gera uma grande estabilidade<br />

para evitar que os íons do plasma flutuem para as paredes externas do toróide. Essa coerebte<br />

secundária e atingida usando-se o plasma como uma bobina secundária de um transformador<br />

(Figura 15.5). Um pulso de corrente através da bobina preliminar induzirá uma<br />

corrente na bobina secundária, a "bobina" secundária sendo o plasma, neste caso. Esta corrente<br />

(milhares de ampères) é usada também para aquecer o plasma, de forma semelhante<br />

ao aquecimento resistivo.<br />

Um dos problemas em reatores de fusão é a instabilidade do plasma. Se os campos<br />

magnéticos apresentarem quaisquer irregularidades, tais como uma "torção", o plasma<br />

pode escapar para fora da garrafa. Para conter o plasma nas altas temperaturas, nas quais<br />

a velocidade média do íon é de 1.000 mph 4 , a densidade do plasma deve ser mantida<br />

baixa, aproximadamente 100.000 vezes menor do que a atmosférica, quase um vácuo<br />

(mesmo em altas temperaturas, o plasma não é denso o bastante poder fundir objetos do<br />

metal nele colocados.) Campos magnéticos mais poderosos estão sendo desenvolvidos<br />

(usando materiais supercondutores) para permitir um aumento na densidade do plasma.<br />

Como poderíamos aquecer o nosso plasma a temperaturas de 50 milhões a 100 milhões<br />

de °C? Seria necessário um bico de Bunsen e tanto! Um método nós já mencionamos:<br />

aquecimento resistivo com a corrente secundária em Tokamaks. Entretanto, temperaturas<br />

altas o bastante não podem ser alcançadas desta maneira, porque a resistência do plasma<br />

diminui com as altas temperaturas. Um método promissor de aquecimento do plasma é a<br />

adição de partículas "quentes" externas ao plasma. Isto é feito dirigindo ao plasma um<br />

feixe de átomos de deutério aos quais foi dada uma energia cinética da ordem de 5 keV a<br />

10 keV em um acelerador.<br />

FIGURA 15.3<br />

Campo magnético toroidal ou em<br />

forma de rosquinha para o confinamento<br />

de plasma. Somente algumas<br />

das bobinas são mostradas.<br />

4 N.T.: Aproximadamente 1.610 km/h.

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