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_Hinrichs_Kleinback

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464 Energia e Meio Ambiente<br />

Tabela 17.1 USINAS DE FORÇA GEOTÉRMICAS: 1998<br />

País<br />

Capacidade Instalada (MWe)<br />

Estados Unidos 2.850<br />

Filipinas 1.848<br />

México 743<br />

Itália 769<br />

Indonésia 590<br />

Japão 530<br />

Nova Zelândia 345<br />

Islândia 140<br />

Costa Rica 120<br />

EL Salvador 105<br />

(U.S. EIA)<br />

Aplicações não elétricas da energia geotérmica têm sido desenvolvidas de maneira extensiva<br />

em alguns países. Água quente de fontes subterrâneas fornece aquecimento direto<br />

para a maioria das casas da capital da Islândia, Reykjavik, e isto já ocorre há seis décadas.<br />

Budapeste, Hungria, vem sendo parcialmente aquecida por vapor geotérmico desde os<br />

tempos do Império Romano. Estufas aquecidas produzem vegetais e flores durante todo o<br />

ano. O aquecimento de ambientes via energia geotérmica nos Estados Unidos ainda se dá<br />

em pequena escala. Os principais avanços foram em residências e escritórios nas cidades<br />

de Klamath Falls (Oregon), Boise (Idaho) e San Bernadino (Califórnia).<br />

Neste capítulo, investigaremos as fontes de energia geotérmica e suas produções potenciais,<br />

a utilização deste recurso e os obstáculos ao seu desenvolvimento.<br />

B. Origem e Natureza da Energia Geotérmica<br />

A energia geotérmica tem sua origem no núcleo derretido da Terra, onde as temperaturas<br />

atingem 4.000°C (7.200°F). É o próprio aquecedor da Mãe Natureza. Esta energia termal é<br />

primariamente produzida pela decomposição de materiais radioativos dentro do planeta, o<br />

que leva algumas pessoas a se referirem à energia geotérmica como uma forma de "energia<br />

fóssil nuclear". O interior da Terra parece consistir em um núcleo central derretido envolvido<br />

por uma região de material semifluido denominada manto (Figura 17.1). Esta é coberta<br />

pela crosta, que tem uma espessura que varia entre 30 km e 90 km. A temperatura na<br />

crosta aumenta proporcionalmente com a profundidade a uma taxa de cerca de 30°C/km.<br />

A temperatura na base da crosta (o topo do manto) chega a valores próximos aos 1.000°C e,<br />

então, aumenta lentamente até o centro do planeta. Se estas condições médias da temperatura<br />

da crosta fossem tudo o que tivéssemos para trabalhar, poderíamos considerar-nos<br />

sem sorte, já que a energia calorífica da Terra que poderia ser efetivamente utilizada estaria<br />

localizada muito profundamente para ser canalizada de alguma forma. Mas existem regiões<br />

nas quais material rochoso incandescente do manto (chamado magma) é empurrado<br />

para cima através de falhas e rachaduras próximas à superfície, criando "pontos quentes"<br />

localizados entre 2 km e 3 km da superfície. Observamos as evidências de tais atividades<br />

nas erupções vulcânicas, nos gêiseres e nos fossos de lama borbulhante. De fato, a zona de<br />

provável ocorrência destes sítios geotérmicos corresponde, a grosso modo, à região dos terremotos<br />

e de atividade vulcânica, como mostrado na Figura 17.2. Estas regiões se localizam

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