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_Hinrichs_Kleinback

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336 Energia e Meio Ambiente<br />

A. Hipótese Atômica<br />

Durante milhares de anos, as pessoas têm se interessado pela estrutura da matéria e sua<br />

composição exata. Com a existência de muitos tipos de substância — sal, água, pedra.<br />

ar, cabelo, e assim por diante —, as pessoas imaginavam se haveria um número infinito<br />

de substâncias na natureza, ou apenas algumas substâncias fundamentais que compusessem<br />

as muitas coisas diferentes ao nosso redor. Se subdividirmos um pedaço de carvão<br />

em muitos pedaços pequenos, até que ponto poderemos executar este processo sem<br />

que as propriedades que identificam a substância sejam perdidas? Quais são os blocos<br />

de construção básicos da natureza? Que propriedades comuns a todos os corpos podem<br />

ser encontradas?<br />

Hoje em dia, independentemente de nossa formação, sabemos a respeito dos átomcs<br />

estamos prontos para aceitar sua existência, ainda que não possamos facilmente vê-los<br />

senti-los ou mesmo cheirá-los. Podemos saber que existem mais de 100 tipos diferentes de<br />

átomos ou elementos, e que as combinações destes elementos — tal como letras no alfabeto<br />

- formam as substâncias que nos rodeiam. A idéia de que toda a matéria é constituída<br />

por minúsculos blocos de construção chamados de átomos (do grego átomos, que significa<br />

indivisível, ou que não pode ser cortado) vem do filósofo grego Demócrito (cerca de 420<br />

a.C). Ele acreditava que havia alguma característica comum a toda matéria, alguma estrutura<br />

básica da qual toda matéria é feita. Porém, assim como em muitas teorias, esta descrição<br />

da natureza veio aparentemente cedo demais, e carecia de evidências para que fosse<br />

aceita universalmente. Esta teoria foi substituída pela visão de Aristóteles (cerca de 340<br />

a.C), de que a matéria era composta de quatro elementos: ar, fogo, água e terra. Por 2.000<br />

anos, esta visão foi o modelo "dominante" do universo físico.<br />

A teoria atômica da matéria só foi seriamente revista no início do século XIX, principalmente<br />

devido ao trabalho do químico inglês John Dalton. A partir de análises quanitativas<br />

da forma como vários elementos se combinam para formar substâncias químicas,<br />

Dalton chegou à conclusão de que cada elemento é constituído de átomos, as unidades básicas<br />

indestrutíveis e indivisíveis da matéria. Ele propôs que cada elemento consiste de<br />

apenas um tipo de átomo, que é diferente dos átomos de qualquer outro elemento. Cada<br />

elemento tem também a sua massa e uma série de propriedades próprias. Com a ajuda de<br />

uma balança precisa, Dalton mostrou que sempre que a água é formada a partir de oxigênio<br />

e hidrogênio, não importa como ou em que quantidade, os elementos são misturados,<br />

há uma proporção definida de uma massa de hidrogênio para oito massas de oxigênio. A<br />

melhor explicação para esta "lei das proporções definidas" era a existência de partículas<br />

elementares, ou átomos.<br />

Dalton identificou aproximadamente 20 tipos de átomos diferentes em seu trabalho.<br />

Estudando as reações químicas entre estes elementos, ele foi capaz de determinar as suas<br />

massas relativas. Sua lista ia do hidrogênio, com 1 unidade de massa, ao ouro, com 190<br />

unidades de massa. Trabalhos posteriores determinaram que 1 unidade de massa atômica<br />

(uma) era igual a 1,66 x 10 - 2 7<br />

kg. A classificação de todos os elementos conhecidos<br />

aparece na tabela periódica, da qual trataremos brevemente no Tópico Especial ao final<br />

deste capítulo.<br />

B. Os Componentes do Átomo<br />

Para alguns cientistas, era filosoficamente difícil acreditar que o universo tinha em seu<br />

nível mais fundamental tantas "partículas" fundamentais quanto elementos diferentes<br />

havia. Evidências concretas de que os átomos não eram esferas duras indivisíveis, nem<br />

uma partícula elementar, tornaram-se disponíveis no final do século XIX, com as descobertas<br />

do elétron e da radioatividade. No caso do elétron, os cientistas estavam investigando a

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