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_Hinrichs_Kleinback

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Cap. 8 Aquecimento Global, Destruição da Camada de Ozônio... 231<br />

inertes na atmosfera inferior, os CFCs podem subir até a estratosfera, onde são quimicamente<br />

decompostos pela radiação ultravioleta. Esta decomposição produz um átomo de<br />

cloro livre que ataca vigorosamente o ozônio, produzindo óxido de cloro e uma molécula<br />

de oxigênio. Como não se torna parte da molécula resultante da reação, um átomo de cloro<br />

livre pode destruir algo em torno de 100.000 moléculas de ozônio! Como os CFCs são inertes<br />

até atingir a atmosfera superior, eles permanecem potencialmente perigosos por aproximadamente<br />

cem anos.<br />

Os CFCs possuem diversas aplicações comerciais: propelentes de aerossol, refrigerantes,<br />

agentes de assopramento de espumas (incluindo aquelas utilizadas nas embalagens<br />

de fast-food) e solventes (Figura 8.8). Com base nas advertências de Roland e Molina,<br />

assim como nas de outros cientistas, e na insistência do National Resource Defense Council,<br />

os propelentes de CFC dos aerossóis foram banidos em 1978 nos Estados Unidos (isto<br />

não ocorreu sem uma considerável pressão por parte da indústria química para que se esperasse<br />

até que a evidência e os fatos fossem melhor conhecidos). Enquanto a preocupação<br />

pública era tranqüilizada pelo banimento dos aerossóis, os CFCs continuaram a<br />

ser emitidos para a atmosfera por outros caminhos. A quantidade de cloro na atmosfera<br />

atualmente é duas vezes maior do que era quando soou o alarme em 1974 e cinco vezes<br />

maior que em 1950! A Tabela 8.4 lista os principais CFCs destruidores de ozônio.<br />

Evidências adicionais do efeito dos CFCs sobre a camada de ozônio surgiram na<br />

metade da década de 80 do século passado. Em 1985, cientistas britânicos, analisando<br />

dados sobre as concentrações de ozônio sobre a Antártida obtidos por satélites, observaram<br />

que durante cada primavera (setembro e outubro), as concentrações de ozônio se<br />

reduziam para aproximadamente metade do que eram 20 anos antes! A descoberta da<br />

existência de zonas com reduzidas concentrações de ozônio, popularmente chamadas de<br />

"buraco na camada de ozônio", incitou o estabelecimento de enormes esforços internacionais<br />

de pesquisa que revelaram que a destruição do ozônio também estava ocorrendo<br />

sobre latitudes médias e sobre o Ártico. Também se observou que a conexão entre a destruição<br />

do ozônio e os CFCs eram as altas concentrações de monóxidos de cloro.<br />

FIGURA 8.7<br />

O ozônio presente na estratosfera reage com um átomo de cloro livre,<br />

criando óxido de cloro (CIO) e uma molécula de oxigênio. Um átomo de<br />

oxigênio livre quebra a molécula de óxido de cloro, permitindo que o cloro<br />

livre destrua outra molécula de ozônio.

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