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_Hinrichs_Kleinback

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318 Energia e Meio Ambiente<br />

E. Energia Eólica<br />

A extração de energia do vento, especialmente na forma de eletricidade, tem despertado<br />

cada vez mais o interesse das empresas e dos governos. A energia eólica é a forma de energia<br />

que mais cresce atualmente, cerca de 75% da capacidade instalada nos Estados Unidos<br />

desde 1990. Hoje em dia, existem mais de 30.000 turbinas de vento em todo o mundo, com<br />

uma capacidade de 13.000 MW. Estima-se que a energia eólica poderá suprir de 5% a 15%<br />

das demandas por eletricidade dos Estados Unidos por volta de 2020. Atualmente este número<br />

é de aproximadamente 0,1%. O impacto ambiental da energia eólica é praticamente<br />

insignificante, sendo seu principal problema a poluição visual, apesar de já existirem algumas<br />

preocupações com relação a barulho, interferência em televisores e acidentes com<br />

aves de rapina. Outras características positivas das turbinas de vento são os seus curtos<br />

períodos de construção, o tamanho reduzido de suas unidades em relação às de outros<br />

tipos de geradores de eletricidade (e, desta forma, têm maior adaptabilidade em responder<br />

às demandas elétricas) e a sua capacidade de serem adaptadas sob medida a usos e localizações<br />

específicas. Outra vantagem da energia eólica, especialmente no caso da utilização<br />

residencial, é que ela é um excelente complemento para a energia solar: dias com pouco sol<br />

geralmente são aqueles com ventos acima da média.<br />

O interesse em aproveitar os ventos certamente não é novo; eles foram uma das primeiras<br />

fontes naturais de energia a serem utilizadas. Existem indícios de que moinhos de<br />

vento foram utilizados na Babilônia e na China entre 2000 e 1700 a.C. para bombear água e<br />

moer grãos. Os moinhos de vento foram introduzidos na Europa por volta do século XII e,<br />

em 1750, a Holanda tinha 8.000 deles, e a Inglaterra, 10.000. Sua utilização entrou em declínio<br />

após a introdução do motor a vapor de Watt no final do século XVIII e este declínio foi<br />

acelerado no início do século XX como resultado da disponibilidade de combustíveis fósseis<br />

baratos e confiáveis, assim como da energia hidráulica. O moinho de vento foi (e ainda<br />

é) muito importante para o desenvolvimento econômico dos Estados Unidos, já que proporcionava<br />

uma forma de se bombear e fornecer água às fazendas distantes para a produção<br />

agropecuária. Atualmente existem mais de 150.000 moinhos de vento em operação nos<br />

Estados Unidos, sendo a maioria deles utilizada para bombear água. Milhares de unidades<br />

de 2 kW a 3 kW foram instaladas durante as décadas de 1930 e 1940 para gerar eletricidade<br />

nas áreas rurais, mas a Rural Electrification Administration e a Tennessee Valley Authority<br />

desestimularam tais utilizações ao incentivar a eletrificação por meio de empréstimos e da<br />

construção de usinas de energia elétrica.<br />

O desenvolvimento do atual setor de energia eólica nos Estados Unidos iniciou-se,<br />

após a crise energética de 1973, com a construção pela Nasa e pelo Departamento de<br />

Energia de máquinas de demonstração capazes de gerar muitos quilowatts de energia.<br />

Uma das primeiras máquinas de demonstração em larga escala — a turbina de vento de<br />

100 kW da Nasa — está localizada próximo a Sandusky, Ohio. Esta máquina de eixo horizontal<br />

tinha duas lâminas ou pás com um diâmetro de 125 pés e foi projetada para uma velocidade<br />

nominal do vento de 18 mph. Depois, máquinas de demonstração de 200 kW e<br />

projeto similar foram montadas em Porto Rico, no Novo México e em Rhode Island.<br />

Diversas máquinas dimensionadas para uma produção na ordem de megawatts foram<br />

construídas em Boone, Carolina do Norte (pás de 200 pés de diâmetro) e no Estado de<br />

Washington (2,5 MW e 300 pés de diâmetro de pás). Estas máquinas se mostraram pouco<br />

econômicas e apresentaram falhas em seus componentes devido à fadiga dos metais. O<br />

maior moinho de vento a entrar em operação antes de 1980 localizava-se em Grandpa's<br />

Knob, Vermont, na década de 1940. O moinho de vento Putman-Smith tinha uma capacidade<br />

de 1,2 MW e um custo de US$ 1.000 por kW. A produção de equipamentos em larga<br />

escala deve ter forçado a diminuição deste custo. As duas lâminas de aço tinham um diâmetro<br />

de 175 pés e pesavam 8 toneladas cada uma. Em 1945, uma das lâminas se partiu<br />

(voando várias centenas de metros), desativando o moinho; ela nunca foi substituída. As

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