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_Hinrichs_Kleinback

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262 Energia e Meio Ambiente<br />

A perda da resistência em temperaturas abaixo da temperatura crítica leva a inúmeras<br />

aplicações. Talvez o primeiro uso dos supercondutores em sistemas de potência elétrica<br />

seja em linhas de transmissão subterrâneas de alta voltagem. Hoje, aproximadamente 10%<br />

da eletricidade transportada em linhas de transmissão é perdida como calor por causa da<br />

resistência. Entretanto, linhas subterrâneas de transmissão são atualmente dez a 20 vezes<br />

mais caras do que linhas aéreas. Outra aplicação possível na indústria de eletricidade é o<br />

uso de espiras supercondutoras para armazenar eletricidade. Tais espiras poderiam ser<br />

carregadas durante as horas de menor consumo, utilizando a energia de geradores de demanda<br />

mínima, e descarregadas quando a demanda for mais alta (durante os horários de<br />

pico). Estas espiras condutoras são imaginadas como grandes círculos com mais de uma<br />

milha de diâmetro, enterrados no subsolo. Outras aplicações dos supercondutores incluem<br />

o uso em computadores para se obter arranjos de componentes eletrônicos mais<br />

rápidos e densos. Supercondutores também podem ser utilizados em dispositivos médicos<br />

de imagem, tais como unidades de ressonância magnética nuclear (RMN), que são utilizados<br />

para formar imagens dos tecidos humanos.<br />

Outra propriedade de um material supercondutor é que ele exclui campos magnéticos<br />

de seu interior, o que é chamado de "efeito Meissner". Isto pode levar à levitação. Quando<br />

um ímã é posicionado sob um supercondutor, o imã irá flutuar (Figura 9.6). Esta levitação<br />

acontece porque o campo magnético induzido pela corrente no supercondutor e o campo<br />

magnético do ímã se repelem, como o fazem os pólos norte de dois ímãs convencionais.<br />

Trens com levitação magnética podem fazer uso de materiais supercondutores. Trens-protótipo<br />

no Japão e na Alemanha têm ímãs supercondutores nos vagões e eletroímãs nos trilhos.<br />

O trem se move à medida que o campo magnético percorre os trilhos, energizados<br />

por uma corrente vinda de uma subestação, empurrando o trem para a frente ou revertendo<br />

a direção para provocar a frenagem. Uma vez atingida a velocidade de cruzeiro,<br />

pouca energia é necessária para mantê-lo em movimento, pois não há atrito entre o trem e<br />

os trilhos (Figura 9.7).<br />

FIGURA 9.6<br />

Demonstração da levitação magnética. Um ímã "flutua"<br />

acima de um supercondutor, que está em um banho de<br />

nitrogênio líquido a 77 K (-196 e C). (UNITED STATES DEPARTMENT<br />

OF ENERGY)

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