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_Hinrichs_Kleinback

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432 Energia e Meio Ambiente<br />

O arranjo laser-alvo tem o tamanho aproximado de um campo de futebol 5<br />

(Figura<br />

15.7). A medida que cada pulso do laser percorre uma cadeia com muitos amplificadores,<br />

sua energia e seu tamanho aumentam. De acordo com um dos cientistas do projeto, "é<br />

como atirar tortas". A freqüência dos pulsos será bastante alta. Para produzir uma saída<br />

constante de aproximadamente 1.000 MWe, as "tortas" terão que vir a uma taxa de aproximadamente<br />

dez por segundo.<br />

Tecnicamente, os lasers necessários para fornecer energia útil para a fusão não existem<br />

atualmente. O laser primário em uso nos experimentos de fusão é um laser de neodímiovidro,<br />

que produz uma luz infravermelha com aproximadamente 1 mícron de comprimento<br />

de onda. Os lasers que estão sendo construídos terão uma saída de mais de 10.000 J<br />

com um pulso de menos de 1 bilionésimo de segundo. Isto fornecerá uma produção de<br />

energia distante alguns pontos percentuais do breakeven científico. Para atingirmos o breakeven,<br />

lasers mais potentes devem ser construídos, e suas eficiências devem também aumentar.<br />

O laser do neodímio-vidro tem uma eficiência aproximada de apenas 1%, o que<br />

significa que 99% da energia bombeada no laser não emerge como luz útil. Ademais, os lasers<br />

em uso hoje podem ser disparados, no máximo, algumas vezes por hora — distantes<br />

das dez vezes por segundo necessárias a uma operação comercial bem-sucedida.<br />

Uma usina de energia de fusão a laser poderia parecer com o que é mostrado na<br />

Figura 15.8. Os feixes de laser são focalizados no centro da câmara de combustão. Uma<br />

pastilha de D-T é liberada de forma que chegue ao centro da câmara ao mesmo tempo em<br />

que o laser pulsa. A explosão subseqüente é equivalente a aproximadamente 10 libras 6<br />

de<br />

TNT, insuficientes para danificar as partes da câmara de combustão. A energia de cada explosão<br />

é levada primeiramente pelo escape de nêutrons e de raios X a partir de alvo. Fora<br />

da câmara, em uma configuração similar à das máquinas de confinamento magnético, há<br />

um cobertor de lítio para capturar esta energia. Trocadores ao longo de todo este cobertor<br />

transportam água, que é transformada em vapor para movimentar as turbinas. O lítio é<br />

também uma fonte do trítio, a ser reciclado de volta à "fábrica de pastilhas".<br />

Um outro esquema de confinamento inercial utiliza raios X ao invés de pulsos de<br />

laser. Os raios X são produzidos por uma instalação de potência pulsada que usa correntes<br />

da magnitude de 20 milhões de ampères! Os pulsos de raio X são utilizados para implodir<br />

a pastilha de combustível e iniciar a fusão. A máquina "Z-Pinch" está sendo construída no<br />

Sandia National Laboratory, no Novo México, Estados Unidos.<br />

FIGURA 15.8<br />

Diagrama esquemático de uma<br />

planta de energia de fusão a<br />

laser. As pastilhas de D - T congelado<br />

são alimentadas do<br />

topo. Elas são irradiadas por<br />

feixes de laser. O lítio na camada<br />

externa absorve a energia<br />

liberada na fusão e, em<br />

seguida, transforma a água em<br />

vapor nos trocadores de calor.<br />

5 N.T.: Os autores se referem a um campo de futebol americano, com 100 X 40 m.<br />

6 N.T.: Cerca de 4,54 kg.

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