4 Anos de Intervenção Autárquica

4 anos de intervenção autárquica
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incorreto”, assumimos a nossa responsabilidade nas tomadas de decisão camarárias, perante aqueles
e aquelas que confiaram em nós e apresentámos a proposta que, de acordo com o ambiente e sentir
do espaço, nos incitaria a providenciar o enriquecimento de uma zona privilegiada da cidade.
Mais que um objeto de mobiliário urbano, apresentámos uma solução de requalificação que não foi
traçada à revelia dos subscritores do abaixo-assinado.
Contrariamente ao que se disse e ainda não se fez, a reabilitação do “Centro da Cidade” não se
resume apenas ao edificado, mas à adoção de uma prática política exigente, sensível, cooperante e
audaz que assuma, de forma inequívoca e paralela, o envolvimento da cidadania ativa.
Proposta do Sr. Vereador Manuel Lopes: rejeitada, com um voto a favor (do proponente),
cinco votos contra (Sr. Presidente, Vereadores Srs. Luís Silva, Elvira Sequeira, Paulo Tojo,
Henrique Reis) e uma abstenção (Sra. Vereadora Filipa Rodrigues).
Acolhimento de refugiados pelo município de Torres Novas
(Assunto 487/15)
O Mundo assiste a uma crise humanitária com milhares e milhares de seres humanos que fogem à
guerra e à fome, tentando chegar à Europa. O Mediterrâneo é um cemitério, os acampamentos de
refugiados não têm as mínimas condições, os limites da sobrevivência já deixaram de existir. Crianças,
homens e mulheres enfrentam os maiores perigos em viagens organizadas por traficantes, viajam em
barcos sobrelotados e percorrem milhares de quilómetros a pé, tentando chegar aos países que os
poderão acolher onde esperam recomeçar do zero e voltar a ter esperança.
Esta verdadeira crise humanitária já dura há muito tempo. A Europa não tem tomado as medidas
adequadas para encontrar uma resposta.
Tornou-se impossível continuar a assistir aos telejornais, sentados no conforto das nossas casas, sem agir,
sem tomar medidas concretas. Não basta lamentar as mortes e expressar a nossa solidariedade com estes
seres humanos ou o repúdio pelas atitudes xenófobas, que infelizmente também já se fazem sentir.
Mais do que nunca é preciso passar das palavras aos atos. É a nossa responsabilidade coletiva que o
exige, são os princípios da dignidade humana que o reclamam.
Portugal vai receber 1500 pessoas nos próximos meses. Número reduzido para as necessidades
como muito bem aponta o Conselho Nacional para os Refugiados.
O Município de Torres Novas não deve ficar alheio à resposta urgente que é preciso dar e deve juntarse
à disponibilidade já demonstrada por outros municípios e diversas instituições para responder a
esta crise humanitária.
Neste sentido, o Bloco de Esquerda propõe:
Que o Município de Torres Novas,
– se disponibilize para receber refugiados;
– que se avalie o número de pessoas a receber e as respetivas condições de acolhimento e
integração;
– que em conjunto com instituições e organizações sociais se articulem as medidas necessárias ao
acolhimento e integração e se programem iniciativas de solidariedade e de esclarecimento da
população.
Submetidas a votação as propostas apresentadas pela Sra. Vereadora Helena Pinto e pelo
Sr. Vice-Presidente, bem como, a recomendação constante da moção apresentada pelo
Sr. Vereador Nuno Guedelha, foram as mesmas aprovadas, por unanimidade (seis votos).
Torres Novas, 15 de Setembro de 2015