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4 Anos de Intervenção Autárquica

O que o Bloco de Esquerda de Torres Novas fez em 4 de Intervenção Autárquica

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4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />

65<br />

Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto sobre – Pavilhão<br />

<strong>de</strong> Riachos – Utilização Escola Chora Barroso – Emissão <strong>de</strong> Parecer<br />

sobre o Carácter não subordinado e Ratificação <strong>de</strong> Despacho<br />

O pavilhão <strong>de</strong> Riachos começou a ser construído ainda em finais dos anos 80 através da Comissão<br />

<strong>de</strong> Melhoramentos <strong>de</strong> Riachos, uma estrutura semi-oficial que recolheu financiamentos públicos<br />

e outros com vista à construção do pavilhão, sendo o projeto inicial da autoria do arquiteto da<br />

câmara (no momento, era a ajuda da câmara ao empreendimento). A obra caiu num impasse,<br />

por falta <strong>de</strong> financiamento e <strong>de</strong> enquadramento institucional, <strong>de</strong> certo modo, e só em finais dos<br />

anos 90 a câmara <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> li<strong>de</strong>rar o processo, conseguindo financiamento para levar por diante<br />

a conclusão da obra. No ano <strong>de</strong> 2001 o pavilhão era inaugurado como obra <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong><br />

municipal, com o fim <strong>de</strong> ser utilizado pelas escolas na sua ativida<strong>de</strong> letiva e pelos clubes da<br />

freguesia após o horário letivo, tendo funcionado assim por vários anos, garantindo o município<br />

o pessoal necessário ao seu funcionamento bem como os encargos com água e eletricida<strong>de</strong>.<br />

Recentemente, o pavilhão foi integrado no património da empresa municipal, ficando esta com<br />

a incumbência <strong>de</strong> o alugar e arrecadar as respetivas receitas. Assim, chega-se a esta paradoxal<br />

situação: – O município construiu, através <strong>de</strong> financiamento próprio e público, um pavilhão<br />

para permitir as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> educação física das escolas <strong>de</strong> Riachos, por ser sua competência<br />

garantir essas infraestruturas; – Alienou esse património a uma empresa municipal <strong>de</strong> modo<br />

a garantir-lhe receitas com vista à sua sustentabilida<strong>de</strong>; – Vai pagar, à empresa, a utilização<br />

do equipamento pela escola Chora Barroso <strong>de</strong> Riachos, equipamento que construiu para esse<br />

fim, da mesma forma que os clubes <strong>de</strong>sportivos <strong>de</strong> Riachos vão pagar a utilização do mesmo<br />

pavilhão, sendo alegadamente ressarcidos pelo município <strong>de</strong>sses encargos, num cenário <strong>de</strong><br />

contabilida<strong>de</strong> criativa e engenharia financeira que visa, apenas, financiar sub-repticiamente a<br />

empresa municipal; – Esse encargo cifra-se em mais <strong>de</strong> 46 mil euros, mais IVA (estamos a falar<br />

só da parte da utilização da escola) para a utilização do pavilhão, pela escola, apenas no horário<br />

letivo (<strong>de</strong> segunda a sexta e entre as 8h30 e as 17h30); O Bloco <strong>de</strong> Esquerda é contra esta<br />

engenharia financeira, que só se justifica <strong>de</strong>vido à existência <strong>de</strong> uma empresa municipal, cujos<br />

serviços e pessoal <strong>de</strong>via ser integrado na Câmara Municipal. Votamos contra. A propósito <strong>de</strong>sta<br />

matéria torna-se necessário que a Câmara Municipal seja informada das tarifas praticadas pela<br />

Turrisespaços e também sobre qual a política a seguir no caso dos clubes que utilizam o Pavilhão<br />

(e outros equipamentos) e o que lhes é cobrado por essa utilização. Vai a Câmara ressarcir os<br />

Clubes <strong>de</strong>sse pagamento?<br />

Torres Novas 5 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2013<br />

<strong>Intervenção</strong> da Vereadora Helena Pinto<br />

sobre – Relatório Semestral da Turrisespaços, E.M.<br />

Reafirmamos, antes <strong>de</strong> mais, a nossa posição <strong>de</strong> princípio: consi<strong>de</strong>ramos que as funções realizadas<br />

pela empresa municipal po<strong>de</strong>riam estar a cargo dos serviços municipais, com ganhos ao nível da<br />

proximida<strong>de</strong> funcional, da conjugação dos objectivos <strong>de</strong>finidos pela instância política autárquica<br />

e da sinergia <strong>de</strong> estruturas e recursos. Para além disso, seria uma solução mais barata para o<br />

orçamento do município. Tentar negar esta evidência é passar um atestado <strong>de</strong> incompetência<br />

a quase três centenas <strong>de</strong> municípios, e aos seus responsáveis, que teimam em manter os<br />

equipamentos <strong>de</strong>sportivos e culturais sob a gestão própria das respectivas câmaras. Quanto ao<br />

relatório semestral da empresa municipal, mantém-se o essencial do que já foi dito pelo BE<br />

a respeito <strong>de</strong> exercícios anteriores: – Os custos continuam a atingir um valor que representa<br />

mais do dobro do montante das receitas (717 mil euros para 353 mil euros, neste semestre); –<br />

Ainda assim, o referido aumento <strong>de</strong> receitas é conseguido à custa da oneração, pela empresa,<br />

<strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sportivas <strong>de</strong> relevante cunho social, <strong>de</strong>senvolvidas pelos clubes <strong>de</strong>sportivos,

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