4 Anos de Intervenção Autárquica
O que o Bloco de Esquerda de Torres Novas fez em 4 de Intervenção Autárquica
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4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
Subida <strong>de</strong> impostos, Inexistência <strong>de</strong> estratégia, Opções duvidosas, não nos <strong>de</strong>ixam gran<strong>de</strong> margem,<br />
votamos contra.<br />
Os autarcas do BE: João Carlos Lopes, António Gomes, José Manuel do Rosário<br />
Torres Novas, 11 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 2014<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto sobre Ajustamento<br />
à previsão do Orçamento da receita do ano <strong>de</strong> 2015<br />
Os documentos previsionais para o ano <strong>de</strong> 2015, no caso o Orçamento Municipal, voltou a reunião <strong>de</strong><br />
Câmara, para se fazer uma retificação no que diz respeito à receita, concretamente <strong>de</strong> IMI, calculada<br />
com base na aplicação <strong>de</strong> uma taxa <strong>de</strong> 0,45, quando a taxa aprovada pela maioria socialista foi <strong>de</strong><br />
0,40. Este facto e esta <strong>de</strong>sconformida<strong>de</strong> foram <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início apontados pelo Bloco <strong>de</strong> Esquerda.<br />
Não tem sentido aprovar uma taxa <strong>de</strong> IMI e ela não ser consi<strong>de</strong>rada no Orçamento apresentado<br />
pelo PS e aprovado pela maioria socialista, com a abstenção do PSD. É uma questão <strong>de</strong> rigor, mas<br />
também <strong>de</strong> lógica. Não se po<strong>de</strong> aprovar um Orçamento, dizendo que <strong>de</strong>pois se retifica em Janeiro,<br />
assumindo assim a <strong>de</strong>sconformida<strong>de</strong>. A legalida<strong>de</strong> do Orçamento po<strong>de</strong>ria vir a ser questionada. O<br />
Bloco <strong>de</strong> Esquerda quer <strong>de</strong>ixar claro alguns aspetos na sequência do <strong>de</strong>bate realizado na reunião<br />
<strong>de</strong> Câmara:<br />
1 – O quadro atual, <strong>de</strong> espartilho financeiro, fruto das limitações impostas pelo Governo, condiciona<br />
e limita a autonomia do po<strong>de</strong>r local. Exemplo flagrante é a obrigação <strong>de</strong> contribuição para o FAM<br />
(Fundo <strong>de</strong> Apoio Municipal), assim como a limitação imposta para novas contratações e a consignação<br />
<strong>de</strong> verbas que na prática impe<strong>de</strong> o investimento por parte das autarquias.<br />
2 – Enten<strong>de</strong>mos que o município <strong>de</strong>ve cumprir a metodologia a<strong>de</strong>quada para a elaboração do<br />
Orçamento: primeiro a Câmara <strong>de</strong>ve aprovar as taxas dos impostos, essa <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>ve ser levada à<br />
Assembleia Municipal, que a aprova ou altera e só <strong>de</strong>pois a Câmara <strong>de</strong>ve discutir e votar o Orçamento,<br />
que será enviado para a Assembleia Municipal. Assim se garante o respeito pelas <strong>de</strong>cisões dos órgãos<br />
próprios. O que aconteceu este ano, em que impostos e Orçamento foram <strong>de</strong>batidos e votados no<br />
último dia do prazo legal para o fazer, não contribui, nem para a clareza nem para o exercício da<br />
<strong>de</strong>mocracia.<br />
3 – O Presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong>ve cumprir rigorosamente os prazos legais para o envio da documentação<br />
à Vereação. Quando se trata das Gran<strong>de</strong>s Opções do Plano e do Orçamento, documentos fundamentais<br />
para a gestão do Município, esse prazo <strong>de</strong>veria ser mais alargado (o BE propôs esta medida quando da<br />
<strong>de</strong>cisão sobre o Regimento da Câmara, rejeitada pela maioria), para ser possível conhecer o documento,<br />
a sua base técnica, os pressupostos e as projeções, para fundamentar a posição política dos partidos.<br />
Este ano, os documentos foram distribuídos à Vereação com menos <strong>de</strong> 48 horas <strong>de</strong> antecedência<br />
em relação à reunião. O BE reafirma que não aceitará que esta situação se repita, no Orçamento<br />
ou em qualquer outra situação. O prazo regimental para a disponibilização da documentação para<br />
as reuniões <strong>de</strong> Câmara tem que ser cumprido.<br />
4 – Compreen<strong>de</strong>mos e saudamos o esforço dos serviços na elaboração do Orçamento, mas temos<br />
que sublinhar que a <strong>de</strong>cisão é política e cabe aos/às eleitos/as.<br />
5 – Este Orçamento é fortemente condicionado pelas operações financeiras – PREDE, PAEL,<br />
Saneamento Financeiro – que são o resultado <strong>de</strong> uma política seguida durante duas décadas. Os<br />
encargos financeiros para o ano <strong>de</strong> 2015 ascen<strong>de</strong>m aos 3 milhões <strong>de</strong> euros, acrescidos <strong>de</strong> 900 mil<br />
euros <strong>de</strong> juros. Estamos a pagar um <strong>de</strong>terminado tipo <strong>de</strong> gestão e <strong>de</strong> opções políticas.<br />
6 – Aumentar impostos e taxas, é a receita da austerida<strong>de</strong>, que leva à penalização da população. É o<br />
caso das opções <strong>de</strong>ste Orçamento, com a taxa <strong>de</strong> IMI e com o aumento brutal da taxa <strong>de</strong> resíduos<br />
sólidos em mais <strong>de</strong> 35%. O BE <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>u e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que a taxa <strong>de</strong> IMI <strong>de</strong>veria ser a taxa mínima –