02.08.2017 Views

4 Anos de Intervenção Autárquica

O que o Bloco de Esquerda de Torres Novas fez em 4 de Intervenção Autárquica

O que o Bloco de Esquerda de Torres Novas fez em 4 de Intervenção Autárquica

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />

75<br />

Turrisespaços, que se pren<strong>de</strong> com a convicção, expressa, do prejuízo em qualida<strong>de</strong>, quanto à<br />

municipalização das ativida<strong>de</strong>s culturais e <strong>de</strong>sportivas <strong>de</strong> que se ocupa a Turrisespaços, E.M., o que<br />

é bem revelador da falta <strong>de</strong> confiança, quer nos serviços municipais e quer no <strong>de</strong>sempenho dos<br />

trabalhadores da autarquia, por parte da maioria socialista. Em conclusão: A maioria socialista assume<br />

alguns erros do passado em termos <strong>de</strong> relacionamento e gestão da Turrisespaços, mas não tira as<br />

consequências <strong>de</strong>vidas e tenta manter a empresa com base num mo<strong>de</strong>lo frágil e confuso, que não<br />

garante o cumprimento dos critérios da Lei no futuro, pois muita coisa fica por esclarecer e não<br />

serve os interesses do Município. Reafirmamos por isso a nossa posição: – proce<strong>de</strong>r <strong>de</strong> imediato à<br />

internalização dos serviços e dos trabalhadores/as da Turrisespaços, promovendo a estabilida<strong>de</strong><br />

necessária para que se possam <strong>de</strong>senvolver as ativida<strong>de</strong>s culturais e <strong>de</strong>sportivas já agendadas e futuras.<br />

Por tudo isto, contrariando a imagem <strong>de</strong> <strong>de</strong>bilida<strong>de</strong> que o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>sta situação tem<br />

suscitado, acreditando numa atuação <strong>de</strong> uma Câmara Municipal convicta, que garanta o presente e<br />

o futuro, quer das ativida<strong>de</strong>s culturais e <strong>de</strong>sportivas que se revelam <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong> formativa,<br />

quer no garante dos empregos dos trabalhadores e, consi<strong>de</strong>rando que, a carta dirigida ao Tribunal<br />

<strong>de</strong> Contas não foi enviada, antes da realização da presente reunião, situação que inviabilizaria, em<br />

consciência, qualquer tomada <strong>de</strong> posição a respeito do assunto, o Bloco <strong>de</strong> Esquerda vota contra.”<br />

Torres Novas, 6 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2014<br />

Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Helena Pinto<br />

sobre – Dissolução da empresa municipal Turrisespaços E.M.<br />

e aprovação do plano <strong>de</strong> internalização<br />

Somos hoje chamados a votar a dissolução da empresa municipal Turrisespaços e o Plano <strong>de</strong><br />

Internalização. O Bloco <strong>de</strong> Esquerda vota favoravelmente. Não po<strong>de</strong>mos, no entanto, <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> fazer<br />

algumas consi<strong>de</strong>rações sobre o Acórdão do Tribunal <strong>de</strong> Contas (Acórdão 26/2014-12.AGO-1.ª S/<br />

SS) que <strong>de</strong>termina esta <strong>de</strong>cisão. O Acórdão é absolutamente claro, confirma a situação da empresa<br />

municipal e vem dar razão a todas as dúvidas e críticas feitas no passado pelo Bloco <strong>de</strong> Esquerda.<br />

Uma primeira conclusão que <strong>de</strong>ve ser retirada é que, no presente momento e após esta <strong>de</strong>cisão,<br />

estamos em piores condições para efetivar a dissolução da Turrisespaços e proce<strong>de</strong>r à internalização<br />

<strong>de</strong> serviços e trabalhadores/as. Somos obrigados a fazê-lo por um <strong>de</strong>molidor Acórdão do Tribunal<br />

<strong>de</strong> Contas sobre todas as engenharias financeiras realizadas e cuja dimensão das suas consequências<br />

ainda não sabemos. Como <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos, <strong>de</strong>veria ter sido a Câmara Municipal a ter a iniciativa <strong>de</strong><br />

dissolução da empresa municipal. Como afirmámos muitas vezes, a Turrisespaços não tinha razão <strong>de</strong><br />

existência e não se conseguiria manter à luz da nova legislação. Gostemos ou não esta era a realida<strong>de</strong>.<br />

A Turrisespaços vivia dos subsídios da Câmara Municipal, era, na prática um veículo externo para<br />

realizar competências da própria Câmara, ao mesmo tempo que permitia a criação <strong>de</strong> lugares em<br />

condições que não se aplicam aos restantes trabalhadores da administração local. O BE bateu-se<br />

contra a teimosia da maioria socialista em <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r aquilo que era in<strong>de</strong>fensável, mostrou abertura<br />

para soluções intermédias e recusou a última resposta ao Tribunal <strong>de</strong> Contas, que, como se veio a<br />

confirmar, não teve nenhum acolhimento. Bem pelo contrário, a última resposta colocou a Câmara<br />

Municipal numa posição muito pouco edificante, para não dizer ridícula: pedir a um Tribunal que<br />

“esqueça a Lei” e se pronuncie sobre “intenções” futuras. E mesmo o “estudo” apresentado <strong>de</strong>ixa<br />

muito a <strong>de</strong>sejar, como aliás já dissemos na anterior reunião, não aponta nenhum cenário credível.<br />

O próprio Tribunal <strong>de</strong> Contas não resiste a comentar a “solução” apresentada pelo estudo: “a<br />

viabilização da empresa <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da transferência <strong>de</strong> edifícios, terrenos e equipamentos básicos para o<br />

município…”. O Tribunal volta a ser arrasador sobre esta milagrosa solução – ver ponto 68. O Acórdão<br />

levanta vários problemas relacionados com o contrato-programa e com o “contrato <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong><br />

serviços” do famoso PAPAF e consi<strong>de</strong>ra todas as <strong>de</strong>cisões tomadas como nulas. É absolutamente claro<br />

sobre a cronologia dos acontecimentos: Já na atribuição do visto prévio para o contrato programa<br />

para 2013 o Tribunal tinha levantado questões e feito um alerta sobre a continuida<strong>de</strong> da empresa.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!