4 Anos de Intervenção Autárquica
O que o Bloco de Esquerda de Torres Novas fez em 4 de Intervenção Autárquica
O que o Bloco de Esquerda de Torres Novas fez em 4 de Intervenção Autárquica
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4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
no caso em três equipamentos (courts <strong>de</strong> ténis, ginásio e pavilhão <strong>de</strong> Riachos), taxando a sua<br />
activida<strong>de</strong> e emitindo a consequente facturação, sem garantia <strong>de</strong> que os clubes alguma vez<br />
possam pagar os valores que lhe foram impostos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> janeiro; – Esta rubrica <strong>de</strong> receita, que<br />
não existia em 2012, permite consi<strong>de</strong>rar neste semestre mais <strong>de</strong> 12 mil euros <strong>de</strong> receitas; – A<br />
suportar artificialmente o ligeiro aumento <strong>de</strong> receitas está ainda uma receita extraordinária,<br />
pouco relevante em 2012 (cerca <strong>de</strong> 900 euros) e que agora atingiu o montante <strong>de</strong> 79 mil<br />
euros (apoios do QREN); – Os gastos com pessoal foram superiores em mais <strong>de</strong> 74 mil euros<br />
aos do período homólogo do ano anterior (266 mil euros para 188 mil euros); A estrutura <strong>de</strong><br />
custos e a insustentabilida<strong>de</strong> da empresa, resultante do facto <strong>de</strong> parte <strong>de</strong>terminante da mesma<br />
ser assegurada pelo município, mantêm-se, sendo irrelevante afirmar, à custa dos dados acima<br />
expostos, que o peso do subsídio à exploração atribuído pelo município (330 mil euros nestes<br />
semestre) ten<strong>de</strong> a diminuir no contexto das receitas (788 mil euros) e que caminha para os<br />
níveis exigidos legalmente. Estranha-se, por outro lado, que se diga no relatório (pág.12) que<br />
“embora seja um objectivo da empresa a máxima rentabilização <strong>de</strong>stes espaços [<strong>de</strong>sportivos],<br />
esta tarefa torna-se impraticável, dado que a prática em regime livre tem pouca expressão<br />
no volume <strong>de</strong> alugueres, <strong>de</strong>vido à utilização quase <strong>de</strong> exclusivida<strong>de</strong> que os clubes dão aos<br />
equipamentos”. Não é sério argumentar com <strong>de</strong>sculpas <strong>de</strong>ste tipo: sabe-se perfeitamente que<br />
os equipamentos foram construídos exactamente para prestar apoio à activida<strong>de</strong> dos clubes<br />
<strong>de</strong>sportivos, que é consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância social pela sua contribuição para a educação<br />
integral <strong>de</strong> jovens e adolescentes. Sabe-se que nunca esteve no horizonte <strong>de</strong> quem construiu<br />
os referidos equipamentos que alguma vez eles fossem <strong>de</strong>stinados sobretudo ao aluguer em<br />
regime livre, e sabe-se que nunca houve, não há, nem haverá mercado local para esse tipo <strong>de</strong><br />
prática, mesmo que os equipamentos estivessem livres: como é evi<strong>de</strong>nte, a prática <strong>de</strong>sportiva<br />
<strong>de</strong> massas <strong>de</strong>corre <strong>de</strong> uma expressão organizativa que emerge dos clubes e não <strong>de</strong> episódicas<br />
iniciativas individuais ou <strong>de</strong> grupos informais. No capítulo da “activida<strong>de</strong> geral” (pág.14) faz-se<br />
referência a uma única activida<strong>de</strong>, a feira medieval, o que, só por isso e dada a importância<br />
que se procura atribuir à iniciativa, <strong>de</strong>veria constituir oportunida<strong>de</strong> para uma ainda que breve<br />
caracterização quanto a custos e receitas. Nada se diz a este respeito, a não ser que “teve 38<br />
861 visitantes”, certamente nos três dias, mas sem indicações quanto a receita <strong>de</strong> bilheteira, por<br />
exemplo. Quanto à forma, exigia-se que o relatório tivesse uma redacção mais cuidada e que<br />
<strong>de</strong>sse conta <strong>de</strong> outro rigor na apresentação <strong>de</strong> alguns dados, que aqui e ali parecem vagos; há<br />
também gráficos sem legendas interpretativas dos indicadores apresentados, como por exemplo<br />
nas páginas 10, presumindo-se que os mesmos digam respeito a “utilizadores”, tal como num<br />
outro da página seguinte.”<br />
Torres Novas, 19 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2013<br />
Declaração <strong>de</strong> Voto da Vereadora Helena Pinto sobre<br />
– Fixação da Remuneração, <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> representação e subsídio<br />
<strong>de</strong> refeição do membro remunerado do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />
da Turrisespaços E.M. e Solicitação <strong>de</strong> dispensa <strong>de</strong> prestação<br />
<strong>de</strong> caução pelo membro remunerado do Conselho <strong>de</strong> Administração<br />
da Turrisespaços, E.M<br />
O Bloco <strong>de</strong> Esquerda absteve-se nestas duas votações porque consi<strong>de</strong>ra que as funções realizadas<br />
pela empresa municipal po<strong>de</strong>riam estar a cargo dos serviços municipais, com ganhos ao nível da<br />
proximida<strong>de</strong> funcional, da conjugação dos objetivos <strong>de</strong>finidos pela instância política autárquica<br />
e da sinergia <strong>de</strong> estruturas e recursos. Para além disso, seria uma solução menos onerosa para<br />
o orçamento do município.