4 Anos de Intervenção Autárquica
O que o Bloco de Esquerda de Torres Novas fez em 4 de Intervenção Autárquica
O que o Bloco de Esquerda de Torres Novas fez em 4 de Intervenção Autárquica
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4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />
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<strong>Intervenção</strong> da Vereadora Helena Pinto<br />
Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Câmara, se me autorizar a tomar a palavra, eu sei que o Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia<br />
Municipal não me ofen<strong>de</strong>u, no entanto, citou-me e <strong>de</strong>safiou-me e é nesse sentido que eu peço a<br />
palavra. Boa noite a todos e a todas e quero cumprimentar os trabalhadores da Turrisespaços. Sr.<br />
Presi<strong>de</strong>nte, eu por acaso também trouxe como trabalho <strong>de</strong> casa o <strong>de</strong>bate parlamentar, aliás, se<br />
quiser distribuam, que é preciso lê-lo todo, eu não retiro nem uma única palavra daquilo que disse na<br />
Assembleia da República, assim como não retiro nem uma única palavra daquilo que disse na Câmara<br />
Municipal. Porque estou convicta <strong>de</strong> duas coisas: a primeira é que eu estou a lutar por uma solução<br />
efectiva e duradora para a empresa municipal Turrisespaços e a segunda é porque eu posso dizer que<br />
assinei um projecto-lei para alterar esta lei e que ele foi a votos e que me bati com a maioria do PSD<br />
e do CDS contra este projecto lei. O Sr. Presi<strong>de</strong>nte esqueceu-se <strong>de</strong> uma coisa ao referir as minhas<br />
<strong>de</strong>clarações, é que esta lei não fala só <strong>de</strong> internalização, esta lei fala <strong>de</strong> outra coisa que, felizmente,<br />
não está colocada no nosso município, fala <strong>de</strong> privatização <strong>de</strong> serviços públicos. E era aí também o<br />
enfoque das intervenções <strong>de</strong> todos os partidos, era o enfoque da privatização, <strong>de</strong>ssa estamos livres aqui<br />
no município, penso eu. Agora, Sr. Presi<strong>de</strong>nte e Sr. Presi<strong>de</strong>nte da Câmara, o problema é muito sério<br />
e é preciso <strong>de</strong>batê-lo com toda a gente, com os trabalhadores, inclusivamente, mas para quê? Para<br />
encontrar a solução duradoura, não é uma solução <strong>de</strong> mais um ano, é uma solução duradoura.”<br />
Torres Novas, 25 <strong>de</strong> Junho 2014<br />
Declaração <strong>de</strong> voto da Vereadora Graça Martins<br />
sobre – Empresa Municipal Turrisespaços, E.M.<br />
– processos n.ºs 219 e 326 do Tribunal <strong>de</strong> Contas<br />
As posições do BE sobre a existência <strong>de</strong> empresas municipais têm sido amplamente divulgadas e são<br />
bem conhecidas. Assente na convicção global <strong>de</strong> que o surgimento das empresas municipais serviram<br />
para “evitar” procedimentos da administração pública e permitir “engenharias financeiras”, consi<strong>de</strong>ramos<br />
que as funções atribuídas à Turrisespaços, E.M., são da competência da Câmara Municipal e po<strong>de</strong>m<br />
ser exercidas por ela. Quanto à empresa municipal Turrisespaços, sempre fomos muito críticos sobre<br />
a sua gestão, baseados na análise <strong>de</strong>talhada dos documentos contabilísticos e respetiva fundamentação<br />
programática, e sempre afirmámos, que o seu futuro, <strong>de</strong>veria passar pela internalização dos respetivos<br />
serviços e dos seus trabalhadores/as. Não seria difícil imaginar o resultado sobre o pedido <strong>de</strong> visto<br />
prévio para o contrato programa <strong>de</strong> 2014 solicitado pela Câmara Municipal. Aliás, basta analisar a<br />
documentação enviada pelo Tribunal <strong>de</strong> Contas, para se verificar que a empresa não conseguia cumprir<br />
os critérios da Lei 50/2012. Sobre esta Lei também já dissemos tudo, não a aprovámos e consi<strong>de</strong>ramos<br />
que ela po<strong>de</strong>ria ser diferente. Sempre <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>mos que a solução para empresas municipais <strong>de</strong>ficitárias<br />
e endividadas, não <strong>de</strong>veria passar pela sua manutenção, mas também não po<strong>de</strong>ria passar pela diminuição<br />
<strong>de</strong> serviços públicos, ou privatizações, nem pelo <strong>de</strong>spedimento dos seus trabalhadores/as. Por isso,<br />
fomos claros quando foi conhecida a <strong>de</strong>cisão do Tribunal <strong>de</strong> Contas: a dissolução da Turrisespaços<br />
não po<strong>de</strong> colocar em causa a programação do Teatro Virgínia, as ativida<strong>de</strong>s culturais e <strong>de</strong>sportivas<br />
e todos os trabalhadores/as <strong>de</strong>vem ser integrados na Câmara Municipal. Este propósito é realista e<br />
possível. Quer pelas alterações que entretanto foram introduzidas à Lei e que o BE apoiou, quer<br />
pelo exemplo <strong>de</strong> situações muito semelhantes ou mesmo iguais, ocorridas noutros municípios.<br />
Tratava-se pois, <strong>de</strong> sem <strong>de</strong>moras, iniciar o processo <strong>de</strong> internalização da Turrisespaços nos serviços<br />
da Câmara Municipal, assumindo uma atitu<strong>de</strong> proactiva e não meramente reativa. A maioria socialista<br />
<strong>de</strong>cidiu seguir outro caminho. Recor<strong>de</strong>-se que todo o processo e relacionamento com o Tribunal <strong>de</strong><br />
Contas foi feito sem o conhecimento da Vereação. Todas as questões colocadas pelo Tribunal <strong>de</strong><br />
Contas e todas as respostas da Câmara Municipal foram feitas pela maioria socialista e só a ela obrigam<br />
e responsabilizam. Pelo que se revela estranha a convocação <strong>de</strong> uma reunião com o propósito único<br />
<strong>de</strong> colocar apenas à “consi<strong>de</strong>ração” <strong>de</strong>sta Câmara Municipal, numa atuação que “solicita” uma eventual