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4 Anos de Intervenção Autárquica

O que o Bloco de Esquerda de Torres Novas fez em 4 de Intervenção Autárquica

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4 anos <strong>de</strong> intervenção autárquica<br />

“Coincidência” ou não, como afirma o Tribunal (ponto 58), o PAPAF é <strong>de</strong>cidido num encontro, que<br />

não tem data, “meados <strong>de</strong> Julho”, e <strong>de</strong>pois por “lapso administrativo” e “dispersão em época <strong>de</strong><br />

campanha eleitoral” (Ponto 27) nem sequer foi objeto <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão em reunião <strong>de</strong> Câmara, sendo a<br />

<strong>de</strong>cisão tomada já por esta vereação com efeitos retroativos, que como afirmámos na altura, era uma<br />

violação da lei (ponto 80). Pois, como se veio a provar não se tratava <strong>de</strong> um contrato <strong>de</strong> prestação<br />

<strong>de</strong> serviços, mas sim, <strong>de</strong> um expediente, para fazer subir o rácio das receitas em relação ao total <strong>de</strong><br />

subsídios à exploração. Este rácio não é 48,31%, mas sim 59,9%. Triste história a do PAPAF… Todo<br />

este processo tem consequências e é fundamental perceber, hoje, a sua dimensão: <strong>de</strong>cisões que são<br />

nulas; violações várias; envio do Acórdão para a Inspeção Geral <strong>de</strong> Finanças e para a 2.ª Secção do<br />

Tribunal <strong>de</strong> Contas, ou seja a Secção das Auditorias – “na sequência <strong>de</strong> anteriores <strong>de</strong>cisões tomadas<br />

no processo” (ponto 114). Há que assumir as responsabilida<strong>de</strong>s. E é preciso dizer que este processo<br />

não acaba aqui. Por isso mesmo consi<strong>de</strong>ro que a Vereação <strong>de</strong>ve ser informada <strong>de</strong> forma <strong>de</strong>talhada<br />

da situação financeira e sobre as consequências das violações da Lei apontadas no Acórdão. Votamos<br />

favoravelmente o Plano <strong>de</strong> Internalização, pois foi retirado o ponto que previa a criação <strong>de</strong> uma<br />

“unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> projeto”, <strong>de</strong>cisão que necessita ser fundamentada e bem <strong>de</strong>batida. O Bloco <strong>de</strong> Esquerda<br />

lamenta que neste processo se tenham colocado trabalhadores contra trabalhadores na tentativa <strong>de</strong><br />

manter a empresa municipal em funcionamento, contra todas as evidências e quando o essencial era<br />

concentrar todos os esforços para garantir os postos <strong>de</strong> trabalho e a continuação do serviço público<br />

na área da cultura e do <strong>de</strong>sporto, que é competência da Câmara Municipal.”<br />

Torres Novas, 25 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong> 2014<br />

Assembleia Municipal – Apreciação e votação da proposta<br />

da Câmara Municipal, <strong>de</strong> dissolução da empresa municipal<br />

Turrisespaços, E.M. e a aprovação do plano <strong>de</strong> internalização<br />

Intervenções <strong>de</strong> António Gomes<br />

Boa noite a todos e a todas. As posições do BE sobre a existência <strong>de</strong> empresas municipais são<br />

amplamente conhecidas: na convicção <strong>de</strong> que a criação das empresas municipais serviu para evitar<br />

procedimentos normais e legítimos da administração pública e permitir “engenharias financeiras”,<br />

quando não a satisfação <strong>de</strong> clientelas locais ligadas aos po<strong>de</strong>res instalados, consi<strong>de</strong>ramos que as funções<br />

atribuídas às empresas municipais são da competência dos municípios e <strong>de</strong>vem ser exercidas por<br />

eles. Quanto à empresa municipal Turrisespaços, sempre fomos muito críticos sobre a sua gestão,<br />

baseados na análise <strong>de</strong>talhada dos documentos contabilísticos e relatórios <strong>de</strong> execução financeira,<br />

e sempre afirmámos que o seu futuro <strong>de</strong>veria passar pela internalização dos respectivos serviços<br />

e dos seus trabalhadores. Contudo, quando o assunto emergiu para actualida<strong>de</strong> mais recente, por<br />

via das primeiras dúvidas do Tribunal <strong>de</strong> Contas, tentámos propor uma solução política negociada<br />

para o futuro dos sectores abrangidos pela Empresa Municipal. Na câmara municipal, fizemos a<br />

seguinte proposta liminarmente recusada pela maioria socialista: Dissolução da Turrisespaços na<br />

sua configuração actual, internalização das atribuições e dos trabalhadores da área do <strong>de</strong>sporto nos<br />

serviços municipais e manutenção da empresa municipal do teatro Virgínia, na sua concepção inicial,<br />

redimensionada para o contexto presente; Não seria difícil imaginar, entretanto, o resultado do<br />

pedido <strong>de</strong> visto prévio para o contrato programa <strong>de</strong> 2014 e para o alegado contrato <strong>de</strong> prestação<br />

<strong>de</strong> serviço do PAPAF, solicitados pela câmara municipal. Por isso, fomos claros quando foi conhecida<br />

a <strong>de</strong>cisão da recusa do visto, ainda em Junho: a mais que provável dissolução da Turrisespaços não<br />

podia colocar em causa a programação do Teatro Virgínia, as activida<strong>de</strong>s culturais e <strong>de</strong>sportivas e<br />

todos os trabalhadores <strong>de</strong>viam ser integrados na câmara municipal – dissemos mais uma vez. Tratavase<br />

pois, sem <strong>de</strong>moras, alertámos na altura, <strong>de</strong> iniciar o processo <strong>de</strong> internalização da Turrisespaços<br />

nos serviços da câmara municipal, assumindo-se uma atitu<strong>de</strong> proactiva e não meramente reactiva.<br />

Mostrámos que era possível, no quadro jurídico existente, salvaguardar os postos <strong>de</strong> trabalho e

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