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Paulo Pontes, A Arte das Coisas Sabidas - Paulo Vieira

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JASÃO - Eu não acho nada,/ quer dizer, nunca pensei... realmente.../ Pra mim... cadeira era só<br />

pra sentar...<br />

CREONTE - Então senta...” (p. 32).<br />

G) Depois de experimentar a cadeira do poder, e depois de receber uma lição de como<br />

se deve exercê-lo (num misto de maquiavélico e populista), Jasão recebe a sua primeira missão,<br />

seu teste para um dia ocupar a cadeira que ora pertence a Creonte:<br />

“CREONTE - /.../ Aquele mestre Egeu.../ Já que vamos dividir este assento,/ um trabalhinho já<br />

apareceu/ pra você demonstrar o seu talento/ Aquele Egeu, parece até que é seu/ compadre...<br />

/.../ Você gosta muito desse sujeito?/<br />

JASÃO - Mas claro...<br />

CREONTE - /.../ Escute um momento/ Egeu, faz muito tempo que eu conheço/ e está fazendo<br />

muito movimento/ contra mim. Você acha que eu mereço?/ Está mandando o povo sonegar/ as<br />

prestações da casa. E eu fico quieto?/ Acha que é certo esse povo ficar/ me enganando debaixo<br />

do meu teto?/ Acha certo morar e não pagar?/ Diga, rapaz, acha que está correto?” (p. 36 e ss).<br />

H) Outro problema de Creonte é Joana, que também não paga a prestação há algum<br />

tempo. Mas esse não é, em relação a ela, o problema principal:<br />

“CREONTE - /.../ Já que a gente cutucou/ a ferida, deixa sangrar de vez/ Tua... essa mulher que<br />

você viveu/ junto e que não paga a casa faz seis/ meses... essa mulher... não sei... bem, eu/ sei<br />

que ela é mãe dos teus filhos... Talvez/ seja até mesmo um exagero meu/ Mas tem coisas que<br />

não é bom brincar/.../ Minha filha não vai casar tranquila/ co'essa mulher tomando ela de ponta/<br />

Enfim... Vou mandá-la embora da Vila” (p. 39).<br />

I) Jasão vai falar com Egeu:<br />

“JASÃO - O caso é que tão falando/ por aí que um bocado de gente/ de uns tempos pra cá tá se<br />

juntando/ e combinando pra de repente/ ninguém mais pagar a prestação/ da casa própria... Não<br />

por aperto,/ de caso pensado: pago não!.../<br />

EGEU - É?... Assim é fogo.../.../<br />

JASÃO - Tem mais, mestre Egeu, foram contar/ pro seu Creonte que era você/ quem botava<br />

farofa no prato/ da turma.../.../

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