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LUIZ GONZAGA DE ALVARENGA - Webnode

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intensidade, a altura, a freqüência e outras características da voz humana. 157 As<br />

cavidades oral e nasal, agindo como ressoadores, alteram a altura e o timbre da voz. A<br />

caixa torácica também extrema relevância na determinação deste timbre.<br />

Padrões diferentes de difração do som se formam em cada estrangulamento do<br />

tubo, e quando os sons vibrantes saem da boca, eles criam um padrão de difração que<br />

constitui a fonte sonora para quem ouve. Embora as ondas sonoras se propaguem em<br />

todas as direções, a intensidade é maior em frente ao órgão emissor (a boca). Os<br />

fonemas de alta freqüência (por exemplo, os sons sibilantes, que contêm s e ç) são mais<br />

bem ouvidos à frente.<br />

A emissão da voz tende a deformar os fonemas, se a intensidade da vocalização é<br />

elevada. Uma conversa animada pode chegar a 60 ou 70 decibéis; 158 Acima deste<br />

valor, a pronúncia é prejudicada, porque o aumento da intensidade (pela alteração das<br />

dimensões do tubo fonador) obriga a que a voz passe para uma freqüência mais<br />

elevada (um registro mais alto). O aumento simultâneo da freqüência e da intensidade<br />

torna ininteligíveis os fonemas. A discriminação das vogais reduz progressivamente,<br />

tornando quase impossível diferenciá-las.<br />

A velocidade de articulação das palavras (freqüência de sílabas pronunciadas por<br />

minuto) varia na fala comum, mas tem um valor constante para cada pessoa. Uma fala<br />

espontânea está próxima de 200 sílabas/minuto, enquanto que o máximo chega a 500<br />

sílabas/minuto. O limite individual não é imposto pela insuficiência mecânica de<br />

concatenação das contrações musculares, e sim em razão da saturação dos mecanismos<br />

de elaboração da fala. 159<br />

O ato de respirar é fundamental tanto na conversação quanto no canto, sendo que<br />

deve ser treinado e disciplinado, neste último caso. A inspiração e a expiração devem<br />

ser controladas no canto, para permitir o acompanhamento correto do andamento da<br />

música, em sincronismo com os instrumentos musicais. Mesmo no canto a capela,<br />

entretanto, a respiração deve permitir a emissão correta dos sons musicais no<br />

andamento certo.<br />

A vibração das cordas vocais produz as oscilações de ar que ressonam nas<br />

cavidades bucal e nasal; estas oscilações de ar sofrem um processo articulatório<br />

voluntário que produz a fala e o canto. Ou seja, produz a voz.<br />

8.1.1 A linguagem<br />

A formação dos vários tipos de sons que entram na linguagem articulada depende<br />

de qual parte do trato vocal está sendo utilizada. As cavidades bucal e nasal formam<br />

vários tipos de sons: sibilantes, produzidos pelos dentes; sonoros ou agradáveis,<br />

produzidos por processos estacionários; explosivos, produzidos por processos<br />

transitórios.<br />

157 O timbre e a tessitura da voz são características pessoais; deste modo, o canto é, também, uma<br />

característica pessoal. Cantores podem ter aperfeiçoada a voz, mas não podem ser criados. Uma pessoa<br />

só pode se tornar um cantor se possuir as características inatas que lhe permitam isso.<br />

158 A conversão normal envolve uma energia da ordem de 10 -6 Watts.<br />

159 No canto, a emissão silábica depende do andamento e do ritmo da música. Normalmente, cada sílaba<br />

acompanha cada nota da melodia.<br />

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