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LUIZ GONZAGA DE ALVARENGA - Webnode

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Jean-Phillipe Rameau (1683-1764) foi o codificador das leis da harmonia. Ele<br />

também debateu a origem e a necessidade da dissonância, bem como proclamou a<br />

supremacia do modo maior.<br />

Adam Serre tentou explicar a origem da dissonância, e afirmou a necessidade de<br />

existirem dois fundamentais, para que pudesse haver o encadeamento harmônico tonal.<br />

Outros teóricos foram: Tartini; Blainville; Bethst; Reber; Bazin; Durand; Lavignac;<br />

D’Alembert; Sorge; Balliére; Catel; Chretien; De Momigny; Derode; Savard; Choron;<br />

Reicha; Boely; Fétis; Durutte; etc.<br />

O maior matemático da época, Leonard Euler (1707-1783) apresentou em sua obra<br />

Tentamen novae theoriae musicae, de 1739, uma teoria algébrica acerca da divisão da<br />

oitava e do grau da consonância dos intervalos musicais. Nesta obra, ele defende que a<br />

música deve ser uma combinação de sons capaz de criar uma harmonia agradável.<br />

Entretanto, em razão da complexidade matemática de sua teoria, ela não foi aceita<br />

pelos músicos da época.<br />

Em 1863, o físico alemão Hermann von Helmholtz (1821-1894) publicou a obra<br />

Sensations of Tone, que lançou as bases definitivas da ciência da acústica.<br />

Todos os citados se preocuparam em encontrar fundamentos sólidos para a ciência<br />

dos sons, mas suas teorizações e especulações, por correrem paralelamente ao<br />

desenvolvimento da tradição musical acadêmica (realizada por músicos), não<br />

chegaram a influenciar (com algumas exceções) a teoria musical secularmente<br />

enraizada.<br />

As teorizações puramente musicais podem ser separadas, segundo as suas<br />

concepções, em dois grupos principais:<br />

a) os melodistas, para os quais a gama é a melodia primitiva e natural, da qual<br />

os sons se combinam harmonicamente segundo os seus intervalos;<br />

b) os harmonistas, para os quais os sons formam acordes em razão de<br />

afinidades oriundas das relações de seus intervalos, sendo então destes<br />

acordes, classificados por ordem de altura em que a gama melódica se<br />

forma.<br />

Deve-se a Augustin Savard, em sua obra Cours complet d'harmonie théorique et<br />

pratique, de 1853, a divisão da harmonia em dois grupos: harmonia consonante e<br />

harmonia dissonante. Pertencem à primeira os acordes maior e menor e suas posições<br />

nos graus das escalas modais (a quinta diminuta sendo consonante sobre o sétimo grau<br />

da escala maior e sobre o segundo e sétimo graus da escala menor). À segunda<br />

pertencem os acordes de sétima de dominante e nona de dominante, maior e menor; de<br />

sétima de sensível e de sétima diminuta (com as regras de resolução desta última).<br />

Coube a Antoine-Joseph Reicha (ou Anton Reicha, 1770-1836) a sistematização da<br />

harmonia nos seguintes acordes clássicos: perfeitos, maior e menor; quintas, diminutas<br />

e aumentadas; sexta aumentada; sétimas maior, menor e sensível; nona maior e menor.<br />

No período Clássico, fase de formação e consolidação da Sonata e da Sinfonia, a<br />

harmonia permanecera estritamente polifônica, com os movimentos a quatro vozes.<br />

Com o movimento Romântico, os acordes começaram a surgir mais isolados e<br />

independentes; e se no período anterior se sucediam preparação, ataque e resolução da<br />

dissonância (o que implicava em movimento de partes polifônicas), no período<br />

seguinte os acordes se individualizaram.<br />

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