15.04.2013 Views

LUIZ GONZAGA DE ALVARENGA - Webnode

LUIZ GONZAGA DE ALVARENGA - Webnode

LUIZ GONZAGA DE ALVARENGA - Webnode

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Gregório, como se disse, levantou sobre este primeiro plano, autêntico, a série de<br />

tons plagais para o antifonário eclesiástico sobre o teleuse:<br />

LÁ – SI – DÓ – RÉ<br />

Entre os modos gregos e os tons de Igreja há duas diferenças principais: a)<br />

enquanto que os primeiros são descendentes, os segundos são ascendentes; b) a tônica<br />

tem o seu repouso no agudo, nos primeiros, e no grave para os modos autênticos, ou na<br />

quarta nota nota para os modos plagais. Além disso, outro grau domina o tom de<br />

Igreja: quinto ou sexto nos autênticos (quinto nos modos I, V e VII; sexto no modo III)<br />

e sexto ou sétimo nos plagais (sexto nos modos II e VI; sétimo nos modos IV e VIII).<br />

Este é o som de sustentação (denominado tenor) sobre o qual são entoadas a maior<br />

parte das sílabas do canto. De um modo geral, a dominante corresponde ao grau V<br />

acima da tônica (final) nos modos autênticos, e ao grau III acima da tônica nos modos<br />

plagais.<br />

Como o modo autêntico e respectivo plagal têm um final comum, verifica-se o<br />

modo pela extensão da melodia. Quando ela se desenvolve sempre acima da final, indo<br />

além do grau V, diz-se que é modo autêntico; quando desce abaixo da final, está no<br />

modo plagal. Se a melodia permanecia em uma extensão comum aos dois modos,<br />

decidia-se pela dominante. A única exceção era se a dominante fosse a nota SI, som<br />

extremo do trítono (FÁ-SI), quando era afastada, o que resultava em afastamento do<br />

plagal.<br />

II) Inícios da notação musical:<br />

A música, enquanto se manteve exclusivamente monódica, não possuía uma<br />

notação ou linguagem que permitisse escreve-la com exatidão. A notação européia teve<br />

início na escrita ou notação denominada ekfonética, oriunda dos povos gregos e<br />

orientais. De início, usavam-se dois tipos de notação musical, a literal e a neumática,<br />

sendo a primeira a mais antiga. Esta foi pouco a pouco sendo substituída por símbolos<br />

denominados neumas, que tinham por função dar ao cantor uma idéia aproximada da<br />

melodia.<br />

A notação alfabética ou literal, nos primeiros anos do Cristianismo, tinha uso<br />

exclusivamente didático. O som mais grave do monocórdio (LÁ, primeiro espaço da<br />

clave de FÁ na moderna notação) tinha por designação a letra A, tendo as seguintes<br />

designações em sucessão ascendente: B, C, D, até P. Em seguida, as letras A, B, C, D,<br />

E, F, G foram reservadas à primeira oitava; as minúsculas a a g designavam a oitava<br />

seguinte. Posteriormente, as notas mais agudas foram designadas por minúsculas<br />

superpostas: , , etc. A nota SOL, no grave, era representada pela letra grega grega<br />

gama ( Γ ). 304<br />

Às notas alteradas por acidentes acrescentavam-se os sufixos is para sustenido (Cis<br />

= DÓ#) e es para bemol (Des = Réb). O Sib era indicado pela letra H.<br />

Na notação moderna encontram-se ainda vestígios da notação literal; os sinais das<br />

claves, por exemplo, são variações de letras, as quais tomaram várias formas ao longo<br />

dos anos:<br />

304 Ainda hoje a notação por maiúsculas vigora nos países europeus e EUA.<br />

279

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!