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LUIZ GONZAGA DE ALVARENGA - Webnode

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mesmas melodias. Tornou-se frequente o uso de melodias que se liam nos dois<br />

sentidos.<br />

11.6 Da Renascença ao Barroco (séculos XV a XVII)<br />

A música sacra, que dominou imponente por mil anos, quase foi abolida das<br />

cerimônias católicas, em razão dos excessos a que chegou. Somente não o foi em<br />

virtude da genialidade de alguns compositores sacros, tais como Pierluigi da Palestrina,<br />

Josquin Des Près, Orlando di Lasso, Thomas Byrd, etc., verdadeiros mestres da arte<br />

musical. Na música de Palestrina (século XV) o coro continuava sem intervenção<br />

instrumental, mas, embora as vozes cantassem livres, já existia uma disposição de<br />

acordes.<br />

Quanto à música não religiosa, durante o período do Renascimento e da Reforma o<br />

estilo musical continuou altamente influenciado pela música flamenga, a qual se<br />

irradiou para a França, Alemanha, Itália e Inglaterra. No século XVI, numerosas<br />

formas musicais surgiram, tais como a Frottola italiana, o Lied polifônico alemão; o<br />

Villancico espanhol e o Madrigal italiano e inglês.<br />

Com o Renascimento, procurou-se definir mais satisfatoriamente o estilo,<br />

desenvolvendo-se métodos racionais de composição 323 e buscando-se a clareza e o<br />

equilíbrio. Iniciou-se também o desenvolvimento de música instrumental para<br />

conjuntos de câmara. Também nesse período começou a surgir a harmonia, que já<br />

vinha sendo esboçada desde a época da Ars Nova. O Madrigal, uma forma<br />

desenvolvida da Frottola, difundiu-se por toda a civilização européia. Nele, um coro de<br />

cinco vozes move-se livremente, sem Canto Firme, cada voz desenvolvendo um tema<br />

diferente. Polifônico, já prenuncia o acorde harmônico, teorizado por Zarlin.<br />

No século XVII, no período denominado Barroco, surgiu a música dramática, as<br />

formas do recitativo e do melodrama e o gênero sinfonia.<br />

11.6.1 As teorias do período pré-clássico<br />

I) A teoria musical:<br />

Com relação aos modos e escalas, após a primeira sistematização teórica realizada<br />

por Guido de Arezzo, com os seus hexacordes de difícil aprendizagem e ainda mais<br />

difícil uso, pelas complicações que resultavam do horror medieval ao diabolus in<br />

musica (o trítono), surgiu em 1547 a obra de Heinrich Glareanus, Dochekachordon (Os<br />

Doze Modos). Glareanus, que era professor em Bale, apresentou nesta obra, pela<br />

primeira vez, a gama:<br />

DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ<br />

A escala moderna (DÓ-DO) não existiu antes do século XVI. Antes dessa época,<br />

ela era dividida aritmeticamente (uma quarta, UT-FÁ, depois uma quinta, FÁ-UT)<br />

como no modo plagal do lídio FÁ-FÁ:<br />

Modo lídio autêntico : FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ – RÉ – MI - FÁ<br />

Modo hipolídio plagal: DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ – SI – DÓ<br />

323 Na música européia por volta de 1600, as notas alteradas cromaticamente não eram notadas (escritas)<br />

na partitura, mas deveriam ser supridas na execução. Isto era chamado de ficta, ou música ficta (musica<br />

falsa ou dissimulada).<br />

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