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LUIZ GONZAGA DE ALVARENGA - Webnode

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completa era dividida em duas séries de sons, denominados, respectivamente, série<br />

perfeita (FÁ-SOL-LÁ-SI-DÓ-RÉ) e série imperfeita (DÓ-SI-MI-FÁ-SOL-LÁ).<br />

Entretanto, na prática a escala realmente utilizada era a de cinco sons, excluindo-se as<br />

notas SI-MI e todos os sustenidos. As cinco notas eram designadas: Kung, sciang, kio,<br />

tsie, yu. 286 Modernamente, são denominadas: lieu (FÁ), u (SOL), y (LÁ), sciang (SI),<br />

tscie (DÓ), kong (RÉ), fan (MI), sendo a notação escrita de cima para baixo e da direita<br />

para a esquerda. O principal instrumento chinês era o kin, uma espécie de alaúde com<br />

sete cordas de seda, existindo também variados instrumentos de sopro, cordas e<br />

percussão. A música chinesa, tal como é hoje conhecida, é tanto melódica quanto<br />

rítmica, e acredita-se ainda hoje que sirva para espantar os maus espíritos.<br />

Da música egípcia pouco se conhecia até meados da década de 1930, quando foram<br />

descobertos documentos coptas provenientes da Armênia, os quais lançaram luzes<br />

sobre a notação musical dos antigos egípcios. Do estudo destes documentos descobriuse<br />

que sua escala musical era manifestamente idêntica à escala musical moderna<br />

(escala menor).<br />

Da análise dos documentos coptas, realizada por diversos arqueólos e historiadores<br />

da arte (Universidade de Princeton, Museu Metropolitano de Arte, Museu Roerich,<br />

entre outras instituições), resultou a descoberta revolucionária de que os egípcios<br />

conheciam a harmonia, a dissonância, os intervalos de microtom, e possuíam uma<br />

notação avançada para a duração ou valor das notas musicais (onde usavam círculos de<br />

tamanho e cores diferentes), escrita em partituras musicais. As composições musicais<br />

encontradas entre os documentos coptas eram do tipo religioso (hinos sacros), que,<br />

depois de re-escritas em notação moderna e executadas, mostraram ter um caráter<br />

solene e majestoso, nada devendo às composições sacras do Ocidente.<br />

11.2 A música na Grécia antiga<br />

Embora esparsos e fragmentários, os conhecimentos musicais dos gregos antigos<br />

foram os únicos que sobreviveram até a era moderna, permitindo reconstituir parte do<br />

seu sistema musical.<br />

A música grega possuía instrumentos de corda, sopro e percussão; entretanto,<br />

destes últimos eram usados apenas o tambor, o címbalo, o sistro 287 e o triângulo, sendo<br />

banidos os mais barulhentos. Dos instrumentos de sopro, as trompas só eram utilizadas<br />

nas ocasiões dos desfiles militares. Os mais conhecidos instrumentos gregos eram a lira<br />

e a cítara, considerados instrumentos nacionais. As flautas, chamadas auloi, eram<br />

bastante utilizadas.<br />

Os principais teóricos gregos foram: Platão; Euclides; Aristóteles; Pitágoras;<br />

Aristóxenes; Alípio de Alexandria; Philolau; Architas; Eratosthenes; Didimo;<br />

Ptolomeu. As principais escolas ou doutrinas musicais foram a pitagórica e a<br />

aristoxênica.<br />

286 Alternativamente: kong, zhi, chang, yu e kio. As cinco notas eram chamadas notas puras, em<br />

contraposição a duas outras notas introduzidas pelo rei Wen: pien khong e pien zhi.<br />

287 O sistro é um instrumento de percussão, tipo chocalho. Era feito de bronze, madeira ou faiança (um<br />

tipo de porcelana). No antigo Egito, os sistros eram usados em rituais religiosos e mágicos.<br />

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