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LUIZ GONZAGA DE ALVARENGA - Webnode

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Esta membrana central, que contém o canal central, chamado duto ou canal<br />

coclear, o qual abriga o órgão essencial da audição, o órgão de Corti, é chamada de<br />

membrana basilar ou lâmina espiral. Ela possui cerca de 25.000 filamentos ou fibras<br />

de comprimento decrescente na direção do seu vértice, e mais larga na ponta.<br />

No ouvido interno, os canais semicirculares se comunicam com o utrículo, e<br />

relacionam-se com o sentido de equilíbrio ou orientação corporal.<br />

2.2.2 Fisiologia da audição<br />

O ouvido externo recebe os sons no pavilhão e os conduz pelo canal auditivo até a<br />

membrana do tímpano. A onda sonora que atinge o tímpano provoca o movimento da<br />

janela oval, movimento este transmitido pelos ossículos (martelo, bigorna e estribo),<br />

produzindo uma onda que se propaga através do líquido que preenche a cóclea (a<br />

perilinfa do canal vestibular)<br />

A cóclea é preenchida por um fluido, e sua superfície interna possui cerca de<br />

20.000 células nervosas em forma de cílios ou filamentos, distribuídos ao longo da<br />

membrana basilar. A onda sonora provoca a vibração destes cílios. Esta membrana tem<br />

a capacidade de vibrar (entrar em ressonância) em pequenas gamas de freqüência, dos<br />

agudos (perto da janela oval) aos graves (perto da janela redonda). Esta ressonância<br />

não ocorre abaixo de 20 Hz ou acima de 20.000 Hz.<br />

As variações de pressão no fluido que preenche o canal vestibular se transmitem ao<br />

canal timpânico; deste modo, quando a janela oval se curva para dentro, a janela<br />

redonda (que é uma membrana no canal timpânico) curva-se para fora. São estas<br />

mudanças de pressão que afetam os cílios da membrana basilar (que é parte da lâmina<br />

espiral), e o movimento desta provoca variações de condutância elétrica da membrana<br />

das células ciliadas, i. é, provoca a passagem de um impulso elétrico através das fibras<br />

nervosas do nervo auditivo até o cérebro, o qual traduz este impulso elétrico como<br />

som.<br />

As freqüências nas quais as células ciliadas vibram com mais intensidade são<br />

chamadas de bandas críticas. 29 Os sons são então processados (na membrana basilar)<br />

em sub-bandas, que são as bandas críticas. Cada banda corresponde a uma seção de<br />

aproximadamente 1,3 mm na cóclea. Sua largura crítica difere conforme a faixa de<br />

freqüência: abaixo de 500 Hz, as bandas são constantes e iguais a 100 Hz; para cima,<br />

cada banda tem uma largura cerca de 20% maior do que a anterior. 30<br />

As células ciliadas, em conjunto com as fibras nervosas primárias a elas ligadas,<br />

realizam seletivamente a análise do som em relação à sua freqüência. Isto significa que<br />

29 Este foi um conceito introduzido pelo fisiólogo Harvey Fletcher.<br />

30 Para a banda crítica foi criada uma unidade especial: o bark. Um bark corresponde à largura de uma<br />

banda crítica.<br />

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