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LUIZ GONZAGA DE ALVARENGA - Webnode

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A origem da Sonata e da Sinfonia clássica não foi estabelecida com exatidão;<br />

alguns pesquisadores pretendem que ela deriva da antiga Abertura, no tipo introduzido<br />

por Scarlatti, e que era composta da sucessão Allegro, Adágio e Allegro, numa peça<br />

única, sendo que posteriormente os trechos tomaram forma autônoma, aos quais se<br />

intercalou a Suíte. Outra corrente diz que ela se originou da própria Suíte, fosse por<br />

processo de condensação, fosse por processo de ampliação ou desenvolvimento de<br />

cada tempo, onde se introduziu a repetição (ripresa) que falta à Suíte. A definição das<br />

características da Sonata moderna, em suas linhas estruturais, deve-se a Phillip<br />

Emmanuel Bach, filho de Johann Sebastian Bach. Quanto ao desenvolvimento<br />

temático da Sonata, esta encontrou em Haydn sua mais alta expressão. Em sua forma<br />

final, a Sonta tornou-se a mais fecunda expressão musical que qualquer forma ou<br />

gênero jamais teve.<br />

Outras formas fixadas no Classicismo foram, no melodrama, a Ária, o Recitativo<br />

Acompanhado e a Abertura (Ouverture). A máxima expressão musical do período, no<br />

gênero da Ópera, Mozart, é considerado o clássico por excelência.<br />

A fase Romântica (século XIX) foi uma fase de idealismos, sentimentos e paixões<br />

expressos em música; os temas tornam-se psicológicos, procurando interpretar<br />

intenções e expressões sentimentais. A concepção temática procura, por meio da<br />

musicalidade romântica, contar uma história, um drama. Os coros se sobressaem nas<br />

orquestras (Beethoven); a Ópera se amplia em ciclos (Wagner). Os temas são buscados<br />

nas lendas medievais, nórdicas, gaulesas; no exótico, no místico, no religioso e no<br />

fantástico. Também o sofrimento e a dor são cultivados. No período Romântico, a<br />

orquestra clássica atinge, com Beethoven, a sua perfeição. Deve-se-lhe a forma<br />

denominada Peça Característica, a qual se desenvolve em um instrumento solista<br />

(introduzido por Vivaldi).<br />

O Drama Lírico, com Wagner, 332 retorna à concepção grega de música como fusão<br />

de todas as artes (Arte das Musas): ele pretende fundir música, poesia, dança e pintura,<br />

numa arte total; adota o Estilo Recitativo, no qual a orquestra age como comentadora<br />

da ação, aprofundando os valores dramáticos da obra. Para isto, a obra toma vários<br />

temas musicais, os quais são chamados de Motivo Condutor (Leitmotif). 333 A cada<br />

elemento do entrecho dramático (personagens, fatos, situações) é atribuído um motivo<br />

condutor, que o apresenta e retorna sempre que cada um destes elementos entra em<br />

foco, pelo desenvolvimento da ação dramática.<br />

11.7.1 A época pré-moderna (séculos XVIII a XIX)<br />

O período Clássico-Romântico (séculos XVIII a XIX) foi também abundante em<br />

teóricos da música. 334<br />

332 Wilhelm Richard Wagner (1813-1883) foi um dos expoentes do Romantismo. Suas óperas,<br />

grandiosas, tiveram enorme influência na música. Uma de suas principais obras operísticas é o chamado<br />

ciclo do anel ou tetralogia do anel (Anel dos Nibelungos), baseados na antiga mitologia germânica. Suas<br />

óperas Parsifal; Lohengrin e Tannhäuser, por sua vez, são baseadas no esoterismo cristão. Todas estas<br />

obras eram, e ainda são encenadas no famoso Teatro de Ópera de Bayreuth (Bayreuth Festspielhaus).<br />

333 O Motivo Condutor foi aproveitado pelo rádio, cinema e televisão. Nestes, a trilha sonora ou fundo<br />

musical é o motivo condutor do programa como um todo, de acordo com a característica psicológica<br />

deste: drama, comédia, suspense, etc. Também cada cena tem o seu acompanhamento apropriado, bem<br />

como cada ator tem a sua trilha musical específica.<br />

334 A consolidação final da escala temperada se deu com a publicação, por Johann Sebastian Bach, da<br />

obra Cravo bem temperado, cujos dois volumes datam, respectivamente, de 1722 e 1744.<br />

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