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LUIZ GONZAGA DE ALVARENGA - Webnode

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a organização das vias e centros auditivos é tonotópica: 31 somente partes limitadas<br />

delas exercem atividade neuronal, em relação a uma freqüência determinada.<br />

Esta “análise” ocorre porque os cílios ou filamentos vibram em função da<br />

freqüência sonora. No vértice, as fibras ressoam com os agudos; no meio, com os<br />

médios; na base, com os graves. É no ouvido interno, então, que as características<br />

sonoras de freqüência, intensidade e timbre podem ser percebidas. Assim, pode-se<br />

dizer que a membrana basilar separa um som complexo em seus componentes<br />

fundamentais. Isto porque o ouvido interno, sendo um tubo em forma de espiral,<br />

constitui um sistema acústico ressonante bem complexo.<br />

A transferência de energia do ar ao ouvido é realizada com grande eficiência, pois<br />

o tímpano reflete muito pouco da energia incidente, transmitindo sua maior parte; os<br />

sinais nervosos são função do número de filamentos excitados, sendo que o número de<br />

impulsos elétricos enviados ao cérebro pela membrana basilar é proporcional ao<br />

quadrado da intensidade do som. Como a distribuição de amplitude ao longo dos<br />

filamentos da membrana basilar é assimétrica aos máximos de amplitude, seu centro de<br />

gravidade se desloca em função desta, originando uma variação subjetiva da altura do<br />

som. Assim, os sons pouco intensos são subjetivamente mais agudos, com relação às<br />

freqüências média e baixas, enquanto que os sons de mais alta freqüência são algo mais<br />

graves do que os sons mais intensos, de mesma freqüência.<br />

É na cóclea que se realiza a separação das diversas freqüências sonoras (20 Hz a<br />

20.000 Hz), ao longo do seu comprimento:<br />

Em relação à complexidade do estímulo (sons de natureza complexa), os neurônios<br />

respondem em função dos níveis de análise em que se especializam. Quanto mais<br />

elevado o seu nível de análise, menos eles responderão aos sons de natureza simples.<br />

Existem neurônios que respondem no início ou no final do estímulo acústico; outros<br />

podem responder a determinadas freqüências, e serem inibidos por outras. É de se<br />

notar, contudo, que é somente o cérebro que realiza a análise e a interpretação<br />

definitiva dos sinais sonoros. Antes de investigar a ação do cérebro no fenômeno da<br />

percepção, é conveniente avaliar algumas particularidades concernentes às sensações<br />

sonoras e sua medida. É o que se fará a seguir.<br />

2.3 Psicofísica da audição<br />

2.3.1 Audibilidade<br />

Antes de prosseguir, e para que se entendam as unidades de áudio que serão<br />

usadas, o quadro seguinte mostra a relação numérica entre os valores:<br />

31 Tonotópica: de tonos, tom e topos, lugar. Cada parte responde a um tom diferente.<br />

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