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LUIZ GONZAGA DE ALVARENGA - Webnode

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eproduzindo por classes de oitavas superiores ou inferiores. Das quintas perfeitas se<br />

extraem, por intervalos, os três gêneros: diatônico, cromático e enarmônico. 300<br />

A escala pitagórica se adaptou melhor à sucessão melódica (ascendente) pela<br />

menor aproximação dos semitons cadenciais. Entretanto, com a evolução da música à<br />

polifonia, a escala de Aristóxenes ajustou-se melhor à combinação de sons simultâneos<br />

e consonantes.<br />

Foi somente com o surgimento de novos instrumentos musicais (exigidos pela<br />

orquestra), em variados timbres e tons, que vieram a surgir novas dificuldades, tais<br />

como diferenças de altura e de afinação. Essas dificuldades, como já se disse, foram<br />

resolvidas com a adoção da escala temperada.<br />

11.3 A música na Roma antiga<br />

Ao tempo da conquista romana, a Grécia há muito já havia ultrapassado o apogeu<br />

de sua civilização, e se encontrava em franca decadência. A cultura musical grega,<br />

fragmentária e dispersa já nesta época, ainda assim foi assimilada (principalmente em<br />

sua forma popular e corrompida) pela civilização romana, que a adaptou à sua própria<br />

feição.<br />

Roma teve também os seus teóricos da música, entre os quais se contam Vitrúvio,<br />

Censorino e Macróbio. 301<br />

Boécio (c. 480-524) e Cassiodorus (c. 485-560) estudaram os escritos sobre música<br />

de Pitágoras, Ptolomeu, Euclides, Aristóxeno, Platão e Aristóteles. Boécio dividiu a<br />

música em três categorias fundamentais (em sua obra De institutione musica): a musica<br />

mundana, que representava a harmonia do universo; a musica humana, que<br />

representava a harmonia do corpo humano; a musica instrumentalis, que era integrada<br />

pela música vocal e instrumental. Ele foi o primeiro a fazer a divisão de instrumentos<br />

musicais nas três categorias: cordas, sopro e percussão.<br />

Os instrumentos musicais romanos eram a tíbia, uma flauta idêntica ao aulos<br />

grego, e a fítula, parecida ao moderno oboé. Conheciam e usavam a lira e a cítara<br />

grega, bem como instrumentos de sopro de uso militar, tais como a tromba reta e o<br />

lituus, recurvo e de som alto.<br />

Houve época em Roma (durante o império) que a música floresceu<br />

extraordinariamente, dando origem a uma profusão de escolas de canto e dança. Os<br />

múisicos eram bastante considerados, e os próprios imperadores não se furtavam a<br />

estudá-la, como foi o caso de Nero, Adriano, Calígula e Alexandre Severo.<br />

11.3.1 A teoria musical romana<br />

Do modo dórico grego fez-se a transcrição para o modo dórico romano, com a<br />

transposição da nete grega (RÉ) para o plano hypon:<br />

300 Pode-se entender agora o motivo dos movimentos descendentes e ascendentes. As quintas geradas<br />

tendem o seu movimento para a nota geratriz, e o movimento atrativo de quinta ascendente opera-se em<br />

razão da inversão do movimento de quinta descendente. Aí se vê a importância dada pelos gregos ao<br />

acento (meze) da quinta mediana.<br />

301 Plutarco, não citado nessa relação por ser grego, nasceu em uma época (45-120?) em que a música<br />

romana já se sobressaía. Ele fez algumas observações a respeito do assunto. Entre outras coisas, afirmou<br />

que se deviam usar as notas longas para (representar) a tristeza, e as curtas para (representar) a alegria.<br />

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