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LUIZ GONZAGA DE ALVARENGA - Webnode

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Um dos mais antigos textos gregos (escrito por volta de 300 a.C.) que abordam a<br />

divisão das escalas musicais é atribuído (supostamente) a Euclides, e é conhecido pelo<br />

nome de Sectio Canonis (Divisão de um monocórdio)”. Essa atribuição de autoria<br />

deve-se à forma de apresentação da obra, que se compõe de uma breve introdução<br />

sobre as causas dos sons e suas alturas, enquanto quantidades relativas, e mais vinte<br />

proposições acerca da matemática musical, apresentadas sob a forma de teoremas<br />

(nessa obra, os intervalos são expostos como razões entre números inteiros).<br />

Os gregos chamavam de isotoni ou omotoni os sons de mesma altura, e de<br />

diastema aos intervalos entre dois sons diferentes. Os intervalos tinham as seguintes<br />

denominações: hemitonion (semitom); tonos (tom); trihemitonion (3ª. menor); ditonion<br />

(3ª. maior); diastessaron (4ª. dim.); diapende (5ª. justa); diapson (oitava). Além destes<br />

eram usados o tritonon (4ª. aum. e 5ª. dim.); pentatonon (7ª. menor); tetratonon (6ª.<br />

menor). A sexta maior (tetratonon mais hemitonion) eram menos usados.<br />

Os intervalos que seguiam por graus conjuntos (tom e semitom) eram chamados<br />

intervalos simples, e intervalos compostos os que continham grande quantidade de<br />

intervalos simples. Quando executados simultaneamente, eram chamados intervalos<br />

consoantes (syphona ou sinfonia) ou intervalos dissonantes (diaphona ou diafonia),<br />

sendo consoantes a quarta e a oitava, e dissonantes os demais. A dissonância não era<br />

permitida no acompanhamento.<br />

O sistema musical grego era baseado no tetracorde, denominado teleuse, uma série<br />

de quatro sons nos quais os sons extremos eram fixos 288 e os internos podiam variar em<br />

altura. 289 De acordo com as variações dos intervalos entre os quatro graus, distinguiamse<br />

os três gêneros: tetracorde diatônico; tetracorde cromático; tetracorde enarmônico.<br />

No diatônico não havia nenhuma alteração; no cromático, havia alteração de semitom;<br />

e no enarmônico, alteração de quarto de tom. O centro tonal era o agudo, pois os<br />

tetracordes eram descendentes:<br />

O gênero diatônico seguia por tom, tom e semitom; o cromático, por tom (3ª.<br />

menor ou 2ª. aum.), semitom e semitom; e o enarmônico, por dois tons (3ª. maior),<br />

quarto-de-tom e quarto-de-tom. Cada um destes gêneros tinha uma expressão própria<br />

(ethos); assim, o gênero diatônico era considerado majestoso e solene, sendo o gênero<br />

mais usado por ser o mais fácil e natural de se executar. O cromático era o mais<br />

artístico e mais difícil, próprio para a música instrumental. O enarmônico era o mais<br />

elevado e perfeito, mas o menos usado.<br />

288 Os sons extremos, que eram fixos, tomavam o nome de cordas fixas.<br />

289 Os sons médios ou internos tomavam o nome de cordas móveis.<br />

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