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LUIZ GONZAGA DE ALVARENGA - Webnode

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12. Estruturas. – O conjunto dos materiais que o compositor dá, no início, recebe o nome<br />

de estruturas. São, ou células, ou notas complexas. Podem ser também notas comuns,<br />

combinadas ou não, partindo de instrumentos diretos, clássicos, exóticos ou experimentais.<br />

13. Manipulações. – Toda a técnica que modifica a estrutura, previamente a qualquer<br />

ensaio, tem o nome de manipulação. As manipulações são transmutações, transformações ou<br />

modulações.<br />

14. Transmutação. – Toda manipulação cujo efeito se dirige essencialmente à matéria da<br />

estrutura, sem alterar sensivelmente sua forma, tem o nome de transmutação.<br />

15. Transformação. – Toda manipulação que se destina, antes, a mudar a forma da<br />

estrutura do que a sua matéria, é uma transformação.<br />

16. Modulação. – Se, sem visar particularmente a uma transmutação ou uma<br />

transformação, se faz variar, seletivamente, um dos parâmetros que caracterizam uma<br />

estrutura, ou mais geralmente, se nos aplicamos a fazer evoluir o som dado num dos três<br />

planos de referência de todo domínio sonoro (plano das tessituras, da dinâmica e do timbre),<br />

efetuar-se-á, por definição, uma modulação do som ou da estrutura considerada em tessitura,<br />

dinâmica ou timbre.<br />

17. Parâmetros caracterizando um som. – Os parâmetros de variação de um som podem<br />

entender-se, seja no sentido clássico (que são três: extensão, intensidade e duração), seja no<br />

sentido concreto (em número muito maior), e, à noção de parâmetros, é preferível a noção de<br />

‘plano de referência’ (ver verbetes II, III e VIII).<br />

18. Plano de referência. – Um fenômeno sonoro, tão complexo quanto se pode imaginar<br />

ou encontrar na prática, admite, finalmente, três planos de referência suscetíveis de defini-lo<br />

completamente:<br />

a) plano melódico ou tessitura (evolução do, ou dos parâmetros de extensão na<br />

duração). Ver verbete VII;<br />

b) plano dinâmico ou formas (evolução dos parâmetros de intensidade na duração).<br />

Ver verbete V;<br />

c) plano harmônico ou timbres (evolução recíproca entre os parâmetros de intensidade<br />

e de extensão);<br />

c) plano harmônico ou timbres (evolução recíproca entre os parâmetros de intensidade<br />

e de extensão representando a evolução dos espectros). Ver verbete VI.<br />

19. Processos de execução. – Entende-se por processo de execução o conjunto de processo<br />

que, a partir de estruturas dadas e após aplicação das manipulações adequadas, realizam a<br />

execução da obra desejada. Estes processos são em número de três: as preparações, a<br />

montagem e o ‘mixage’.<br />

20. Preparação. – As técnicas de preparação (forçosamente limitadas ao emprego de<br />

estruturas musicais ou paramusicais clássicas, isto é, de notas mais ou menos complexas)<br />

consistem em utilizar os instrumentos de música, clássicos, exóticos ou modernos, como fontes<br />

de sons, sem respeitar as regras do seu emprego tradicional. É assim que um piano pode<br />

constituir uma fonte quase indefinida de sons, indo do ruído musical da percussão pura ao som<br />

contínuo.<br />

21. Montagem. – As técnicas da montagem consistem na reunião dos objetos sonoros por<br />

simples justaposição, colando, de um a um, os fragmentos registrados em faixas.<br />

22. ‘Mixage’. – O processo de montagem não permite a superposição polifônica. O<br />

‘mixage’, ao contrário, consiste em superpor, em concomitância, as monofonias e em registrar<br />

o resultado.<br />

23. Música espacial. – Chama-se música espacial toda a música que se procura com a<br />

localização no espaço dos objetos sonoros, fora da projeção das obras em público.<br />

24. Espacialização estática. – Considera-se espacialização estática toda projeção que se<br />

faz ouvir tal qual monofonia emitida de uma fonte bem localizada. Essa espacialização teria<br />

sido, por conseguinte, prevista no momento do ‘mixage’, efetuada em faixas sincrônicas, mas<br />

distintas e projetadas respectivamente por fontes sonoras distintas, reais ou virtuais.<br />

25. Espacialização cinemática. – Chama-se espacialização cinemática toda projeção que<br />

tem por efeito fazer descrever trajetórias, os objetos sonoros, à medida do seu desenvolvimento<br />

temporal. Esse efeito terá sido, pois, previsto em princípio, no momento da concepção da obra;<br />

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