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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - UNISC ...

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139sentimentalmente, em relação à saúde e outras formas em que são solicitadosdiariamente, estabelecem o estudo como um ideal a ser alcançado. Sair da situaçãoe sentimento de inferioridade em que se encontram é considerado uma prioridadepara a ―busca de uma vida boa‖.Pode-se afirmar que as condições concretas ficam aquém da subjetividade.―Em resumo, o gozo da felicidade depende de ―estados internos‖, ele é umaexperiência subjetiva‖ (LA TAILLE, 2006, p. 37). Assim, também temos a defesa deFreire que entende que ―não se pode pensar em objetividade sem subjetividade.Não há uma sem a outra, que não podem ser dicotomizadas‖ (1980, p. 38). Ou seja,o aluno jovem e adulto não nega sua realidade objetiva e vai em busca desuperação dessa objetividade, tomando consciência de si e do mundo.A professora ―B‖ relata:“Sou professora de ... e atuo na EJA desde 2003.No inicio vim sem saber exatamente como era trabalhar na EJA, seus desafios.Houve muitas mudanças na EJA nesses anos. No início eram mais adultos,trabalhadores com esperança de um futuro melhor no emprego e para teremcondições de ajudar os filhos em suas tarefas escolares. Essas pessoas têm muitadificuldade em muitos conteúdos matemáticos. Tive que aprender a lidar com essassituações, deixando para trás o que para mim era importante, revendo conteúdos parao futuro deles e do seu dia a dia, encontrando métodos de explicar para o seuaprendizado. Aos poucos, essa realidade foi mudando... muitos adolescentes entraramnesse caminho. Muitas dificuldades vieram com eles: indisciplina e muita falta devontade que sei ser meu dever despertar neles, mas é muito difícil. Conciliar adultos ejovens com interesses tão diferentes em uma sala de aula é o grande desafio. Aprendia ser mais tolerante com toda essa diversidade.Às vezes me sinto desmotivada, percebendo tamanho desinteresse por parte dealguns.Além disso, temos os alunos com necessidades especiais que é o mais difícil. Sintomefrustrada por muitas vezes não ter sucesso em seu aprendizado.Por outro lado, é maravilhoso ouvir dos alunos: “agora aprendi e posso ajudar meufilho”. Até ouvir dos adolescentes: “isso eu não entendia na escola e agora sim”.“Para trabalhar com EJA é preciso gostar do que se faz, gostar de gente, com todasua problemática, pois, além de ser professora, nos tornamos conselheiras, ouvintesde muitos problemas”.Existirão muitos obstáculos ao longo do caminho, mas com o grupo dos professores ecoordenação unidos, estudando e tentando encontrar alternativas, chegaremos amuitos sucessos”. (Professora B).A professora narra que foi trabalhar na EJA sem conhecer, sem saber comoseria esse trabalho. Essa situação revela a questão da formação dos professoresque trabalham nessa instituição, pois todos nós, não tivemos uma formação inicialpara trabalhar na EJA.

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