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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - UNISC ...

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175Em resumo, vivemos hoje, um momento de alta na freqüência dos suicídios,sendo que tal freqüência não está correlacionada a fatores como miséria,pois é nos países ricos que ela está mais presente. Em compensação, afrequência dos suicídios parece estar associada a fenômenos recentes davida da humanidade, como aumento de divórcios, a associação entretrabalho e poder aquisitivo, a desconfiança entre as pessoas e o abandonode certas tradições. (2009, p. 70).O autor cita em suas falas e no seu livro um diálogo que teve com Cortellasobre esse tema e que nos serve com um bom exemplo para refletirmos. Há algumtempo quando caminhávamos na rua e ouvíamos passos de outras pessoas,sentíamos alegria, o pensamento que nos vinha. ―Que bom!‖ E hoje, amedrontadoso que nos ocorre num momento como esse: ―Meu Deus, vem vindo outra pessoa!‖?(2009, p. 190). Assim, apressamos o passo, mudamos de direção e fugimos dooutro.A partir dessas colocações, a pergunta que nos vem é: por que issoacontece? ―Ora, porque fazemos a hipótese de que é alta a probabilidade de quelhes falte senso moral. Fazemos a hipótese de que há real probabilidade de quesuas ações não sejam inspiradas pelo respeito, pela generosidade, pela justiça‖ (LATAILLE, 2009, p. 190). Parece-nos que não podemos negar que vivemos um ―malestarmoral‖, esse já apontado como uma das características da sociedade atual, nocapítulo quatro desenvolvido.A desconfiança anula a qualidade de convívio, reforça o individualismo e, comovimos, é apontada como causa de suicídio e, ainda pior, quando a falta de confiançaem outrem serve para justificar ações que se afastam de um comportamento moral.Alguns argumentam: ―todo mundo rouba, também posso roubar‖. ―Ninguém respeita,também não preciso respeitar‖. Não é raro ouvirmos esse tipo de afirmações.Aquele que age moralmente ou não de acordo com seu entorno social, como jávimos, é o sujeito heterônomo que ―precisa confiar nas qualidades morais de outraspessoas para ele próprio adotá-las‖. Já para o autônomo, ocorre o inverso, ―suaquestão moral não está em confiar em outrem, mas antes de mais nada em merecera confiança de outrem, pois seu autorrespeito ou honra, depende de sua fidelidadepara com ele próprio (LA TAILLE, 2006, p. 112). O autônomo seguirá o princípiomoral que considera válido, mesmo que seja o único a fazer.Para mudar essa direção, a educação moral - o dever precisa readquirirsentidos em nossas práticas, ―precisamos cuidar da formação das novas gerações,de que dependerão os rumos de tal ―aventura‖ (LA TAILLE, 2009, p.190). A aventura

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