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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - UNISC ...

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186A reflexão de Freire é muito enfática quando nos fala da ética universal do serhumano. Essa que deve estar comprometida com a formação humana e com avocação ontológica do homem de ―ser mais‖. Por isso, é firme em colocar que otrabalho docente exige uma ética de compromisso na promoção do potencialhumano, crítico, político, criativo existencial do ser humano.Para Freire, a objetividade e a subjetividade devem estar em permanentedialeticidade. ―Não se pode pensar em objetividade sem subjetividade. Não há umasem a outra, que não podem ser dicotomizadas‖ (1980, p. 38). Esse é um sabernecessário a nossa prática. Entender que a realidade objetiva não existe por acaso,mas pela ação dos homens e a inversão dessa realidade também é tarefa de todos.Tanto a teoria de La Taille como a de Freire, enfatizam a necessidade dapresença das dimensões cognitivas e afetivas para a verdadeira inserção noprocesso pedagógico que se deseja ético. Tanto um como outro faz um esforço paranos mostrar a importância e o papel que essas assumem em cada ação e decisãoque permeiam o espaço educativo. Cada um fala a partir de sua área de estudo eatuação e, por esse fato, percebemos o quanto esse tema deve ser pensado naconstrução de uma educação engajada, crítica e ética.A defesa e concepção a respeito das dimensões da afetividade de La Taille, jábastante explicitada aqui, não nos deixam dúvidas do mérito de tal compreensão.Em Freire, especialmente no livro Pedagogia da Autonomia, temos a justificação davivência da afetividade, quando nos fala de cuidado, empatia, amorosidade,amizade, querer bem, indignação, entre outros. Sendo o nosso trabalho umaespecificidade humana, a primeira condição é saber da inconclusão de nosso ser.Nada que diga respeito ao ser humano, à possibilidade de seuaperfeiçoamento físico e moral, de sua inteligência sendo produzida edesafiada, os obstáculos a seu crescimento, o que possa fazer em favor daboniteza do mundo como de seu enfeamento, a dominação a que estejasujeito, a liberdade por que deve lutar, nada que diga respeito aos homens eàs mulheres pode passar despercebido pelo educador progressista. (1996,p. 144).Querer bem, conforme Freire, é a disponibilidade à alegria de viver que fazparte do processo de busca. Não é o querer bem mais a um do que ao outro alunopara privilegiá-lo ou prejudicá-lo, nem a obrigação de querer bem a todos de formaigual, mas querer bem o educando na prática educativa e no compromisso que

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