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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - UNISC ...

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188autor entende que a indignação é o que nos ajuda a estar no mundo por mais tempo.É o que nos mobiliza.Pode-se constatar que tanto La Taille, Freire, Martini, Tognetta e Vinha, comooutros que nos acompanham nessa reflexão, apresentam a necessidade de admitirque o homem pode compreender suas intenções e interpretar o mundo ao qualpertence, a partir de um movimento que vai do social para o individual e quedesembocará na base ética e moral do indivíduo.Voltando a Ricoeur, embora os sujeitos não tenham conseguido desenvolvernarrativas com argumentos morais e éticos e argumentar sobre o que seria oeticamente correto e em que princípios morais estariam baseados, o ato de narrarlhes oportunizou a descoberta de situações como reciprocidade, gratidão, justiça ecorreção, mencionados como verdade. Tudo isso mostra que apesar de haverevidências de heteronomia, tanto nos professores como dos alunos, eles foramcapazes de descobrir valores morais por meio de suas narrativas. Essa capacidademostra, segundo Ricoeur que o homem mesmo nas contingências de sua finitude éum ser que pode agir e descobrir pela reflexão sobre sua ação, quando tenta narrarseno seu cotidiano, o sentido de sua ação, imputando a responsabilidade sobre suaação. Esse movimento é que o coloca diante de si mesmo e do outro e o tornacapaz de fazer história e buscar uma vida boa com o outro, em instituições justas.Tanto La Taille, como Ricoeur e Freire reconhecem a finitude do ser humano e suapossível culpabilidade e inautenticidade,mas o reconhecem também como um sercapaz de se colocar diante do outro e descobrir em suas narrativas de si e de seucontexto a possibilidade de transcender a essas contingências e aprender, com ooutro, a ser capaz de se tornar melhor.Nisso a educação tem responsabilidade deestimular essas narrativas e estimular o aprender a ser mais com o outro.Em síntese, o que nos falta, é estudar, falar, refletir sobre a educação moral eética e, assim, reconhecer que a moral é um objeto de conhecimento. Levar osalunos a ―agir por dever‖, desenvolver a autonomia, a cooperação. Fazer com queos alunos tenham interesse pela vida, pelo outrem e pelo mundo. Na sequência,apresentamos algumas possibilidades que encontramos a partir desse estudo paratrabalhar os conceitos de moral e ética nas práticas educativas. Essas podemcontribuir para suprir de alguma forma as lacunas que aqui descrevemos eanalisamos.

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