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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - UNISC ...

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172participar e se conscientizar. A autoridade do professor deve estar presente, porém,seu exercício não pode anular a liberdade do aluno.A liberdade do aluno é exercitada quando ele assume decisões e asconsequências de suas ações. ―É decidindo que se aprende a decidir‖ (FREIRE,1996, p.106) Se a liberdade do aluno de decidir é anulada, as situaçõesproblemáticas chegam às instâncias de punição, conforme alguns alunos de nossainstituição entenderam como a ação mais correta para o caso de Marcos.Item 2 - Punição (Alunos)Alguns alunos resolveriam com uma punição verbal, outros com a expulsão, eoutros fazendo com que o aluno, no caso Marcos, tivesse que limpar a escola porvários dias. Ainda, a punição aparece como forma de manter a imagem da escola,―porque se deixa quieto outros casos podem acontecer”. (Aluna O2 - 27 anos).Entendemos essas justificações apresentadas como heterônomas, porque tambémreforçam as relações de coação.As relações de coação reforçam a dependência do pólo coagido em relaçãoàquele que coage, reforça a desigualdade e também pode reforçar adesresponsabilização por atrofiar o poder de decisão (é o outrem quedecide). É por essa razão que ela reforça a heteronomia: o processo deestabelecimento do que é certo, do que é belo, do que é verdadeiro, do queé bom, etc, fica com o pólo dominante e é aceito passivamente pelo pólodominado. (LA TAILLE, 2009, p. 151).As relações assimétricas em nada contribuem para a construção daautonomia, para o desenvolvimento de habilidades cognitivas, afetivas, pois, aqueleque obedece acriticamente ou pelo temor da situação ―poderá modificar ações(externamente), mas dificilmente contribuirá para situar os valores em um lugarcentral no sistema das re-presentações de si‖ (TOGNETA e VINHA apud LA TAILLEet al., 2009, p. 40). Dessa maneira, o aluno possivelmente vai reincidir natransgressão assim que tiver oportunidade. O respeito às regras garantido pelomedo não garante a moralidade.Freire nos diz que ―o respeito à autonomia e a dignidade de cada um é umimperativo ético e não um favor que podemos ou não conceder aos outros‖(FREIRE, 1996, p. 59). Ou seja, não podemos negar o direito do aluno de ―SERMAIS‖, sendo que a conscientização de que ele é um ser inacabado é exigência

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