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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - UNISC ...

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42dominantes e conservar a ideologia colonizador-colonizado sob uma novaroupagem‖. (VIEIRO, 2008, p. 150).Essa afirmação deve-se a estrutura política e produtiva que permaneceu amesma. Ou seja, classe dirigente, escravidão, latifúndio e monocultura deexportação.Assim, nesse período que marca o fim da fase colonial, ocorreram apenaspromessas de novas políticas educacionais para proporcionar a população umainstrução necessária, pois na verdade as promessas ficaram restritas ao planoformal, uma vez que, como destaca Vieiro, essas não cabiam ―dentro das diretrizespolíticas firmadas no processo de independência, por isso permanece no planoformal por duzentos anos‖ (VIEIRO, 2008, p. 150). Ou seja, até o século XX.No período imperial, de 1822 a 1889, outorgou-se em 1824 uma constituiçãoque previa a instrução pública ―gratuita a todos os cidadãos‖. Porém, a cidadanianesse período era restrita aos livres e aos poucos libertos. Por isso, Vieiro destacaque, ―o quadro não se altera, visto que a constituição não apresenta os meios para ocumprimento desse dispositivo e a educação continua conduzida de acordo com osinteresses da classe dirigente‖ (VIEIRO, 2008, p. 151). E, portanto, continua sendoum privilégio de poucos.Em análise sobre o tema, Cury 7 se manifesta explicando que a educaçãoescolar não era prioridade política num país agrícola, esparso e escravocrata:Se isto valia para a educação escolar das crianças, quanto mais paraadolescentes, jovens e adultos. A educação escolar era apanágio dedestinatários saídos das elites que poderiam ocupar funções na burocraciaimperial ou no exercício de funções ligadas à política e ao trabalhointelectual. Para escravos, indígenas e caboclos assim se pensava e sepraticava além do duro trabalho, bastaria a doutrina aprendida na oralidadee a obediência na violência física ou simbólica. O acesso à leitura e àescrita eram tidos como desnecessários e inúteis para tais segmentossociais. (CURY, 2000, p. 13).De acordo com Paiva, em 1854 é determinada a criação de escolas paraadultos. Porém, a primeira entrou em funcionamento somente em 1860, noMaranhão. A partir dessa, houve uma multiplicação de escolas noturnas na maioria7 Carlos Roberto Jamil Cury - Filósofo, Historiador e Educador brasileiro. É especialista em políticaspúblicas na área de Educação e suas ideias e discussões tratam da Gestão Democrática, Lei deDiretrizes e Bases (LDB), política educacional, ensino superior, educação básica e educação dejovens e adultos. Pesquisador da Legislação Brasileira. Elaborou o texto do Parecer 11/2000 dasDiretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens.

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